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21.09.2011 - Bancários podem entrar em greve

MESMO COM LUCRO DE MAIS DE R$ 25,9 BILHÕES, BANCOS PROPÕEM APENAS 0,37% DE GANHO REAL AOS BANCÁRIOS

Após quase um mês de negociações sem avanços, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nessa terça-feira, 20 de setembro, sua primeira contraproposta às reivindicações dos bancários. A classe patronal propõe apenas um reajuste de 7,8% (o que equivaleria a reposição da inflação acumulada no período mais 0,37% de ganho real) e manutenção da regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) acordada em 2010 (90% do salário mais R$ 1.186,66).

Diante disso, o Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas negociações, orientou a realização de assembleias no dia 22 de setembro, em todo o país, para rejeição da proposta e deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 27. Uma nova negociação com a Fenaban foi agendada para o dia 23, a fim de continuar as discussões. No dia 26, novas assembleias deverão ser realizadas para definir os rumos do movimento.

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Assembleia de avaliação da proposta

Data: quinta-feira, 22 de setembro
Horário: a partir das 18h30
Local: Espaço Cultural dos Bancários (Rua Piquiri, 380)

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Porque os bancários não devem aceitar a proposta da Fenaban:
Distribuição injusta – Segundo dados do Dieese, o setor financeiro apresentou o terceiro maior crescimento na economia nacional na comparação entre o segundo trimestre de 2011 com o mesmo período de 2010. Para ter uma ideia, a intermediação financeira cresceu 4,5% no período, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do país atingiu 3,1%.

Outros dados apontam que a receita de prestação de serviços (proveniente principalmente das tarifas cobradas dos clientes) acumulada pelos seis maiores bancos no primeiro semestre cresceu 13,73% em relação ao mesmo período de 2010. Foram R$ 36,4 bilhões de em 2011, contra R$ 32 bilhões em 2010.

Além disso, o lucro líquido dos seis maiores bancos que atual no Brasil – Banco do Brasil, Caixa, HSBC, Itaú, Santander e Bradesco – no primeiro semestre de 2011 superou R$ 25,9 bilhões.

Diante destes números, a proposta da Fenaban de reajuste de 7,8% sobre os salários e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, auxílio creche/baba, dentre outras), o que equivale a apenas 0,37% de aumento acima da inflação, é muito rebaixada. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% no salário (inflação do período mais aumento real de 5%) e R$ 545 para cada uma das verbas.

PLR – Outra constatação é que a remuneração dos diretores e conselheiros de administração dos bancos não para de crescer. Segundo pesquisa do Dieese, os altos executivos do Itaú receberam em média R$ 683 mil mensais no ano passado, o que configurou um aumento de 22% em relação ao rendimento de 2009. A maior variação foi a dos executivos do Bradesco, que receberam 44% a mais do que no ano anterior, num total de R$ 298 mil mensais. Os executivos do Santander tiveram aumento de 32%, chegando a R$ 207 mil mensais em média em 2010.

Já para os bancários, verdadeiros responsáveis pela lucratividade do setor, os bancos propõem a manutenção da regra de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do ano passado, com reajuste de 7,8% sobre a regra básica e a parcela adicional – o que representaria 90% do salário mais R$ 1.186,66. Os bancários reivindicam PLR de três salários mais R$ 4.500.

Piso – Dados do Dieese demonstram que o piso da categoria no Brasil, equivalente a US$ 757, é mais baixo do que o dos bancários no Uruguai (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos trabalhadores argentinos, que tem piso de US$ 1.432. O piso dos brasileiros é equivalente a US$ 6,3 por hora de trabalho, enquanto os argentinos recebem com US$ 9,8/hora, seguidos pelos uruguaios, que ganham US$ 8/hora.

Mesmo assim, a proposta da Fenaban para os bancários brasileiros não prevê a valorização do piso da categoria, que também seria corrigido em 7,8% e passaria dos atuais R$ 1.250 para R$ 1.347,50 – muito abaixo da reivindicação do salário mínimo do Dieese, calculado em R$ 2.297,51 em junho.

Emprego – Dados da Pesquisa de Emprego Bancário, realizada pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese, revelam que, apesar do saldo positivo de 11.978 empregos no primeiro semestre de 2011, os bancos aumentaram o número de demissões e intensificaram a prática de usar a rotatividade para reduzir custos e alavancar lucro. Foram 18.559 desligamentos no período, vitimando principalmente os bancários com maiores salários. Dois grandes bancos não geraram empregos no período. Pelo contrário, o Itaú e o Santander, apesar de seus lucros, cortaram 1.045 e 494 postos de trabalho, respectivamente.

Ainda assim, a classe patronal se recusa a clausular a garantia de emprego, evitando demissões imotivadas – ratificação da Convenção 158 da OIT. Os banqueiros também não querem garantir mais contratações para o setor.

Saúde, condições de trabalho e segurança – Todas as demais reivindicações dos bancários pelo fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral, a igualdade de oportunidade para todos e mais segurança foram sumariamente ignoradas.


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13.09.2011 - Bancários aguardam proposta da Fenaban

NEGOCIAÇÕES COM ENTIDADE PATRONAL NÃO AVANÇAM APÓS TRÊS RODADAS. FENABAN VAI APRESENTAR PROPOSTA DIA 20 DE SETEMBRO

O Comando Nacional dos Bancários, formado por representantes dos sindicatos dos trabalhadores bancários de todo o país, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), entidade que representa os banqueiros, já se reuniram em três rodadas de negociação. Foram apresentadas as reivindicações sobre emprego e questões sociais (30 e 31/08); saúde e condições de trabalho (05 e 06/09); e, na última segunda-feira, 12 de setembro, foram debatidas as questões sobre remuneração dos bancários. Apesar dos debates, até o momento não houve avanço em nenhuma das questões, pois a classe patronal se limita a negar todas as reivindicações da categoria.

A Fenaban apenas garantiu que irá apresentar uma proposta global, para todos os itens da minuta de reivindicações na próxima terça-feira, 20 de setembro. “Até lá, esperamos uma proposta que atenda verdadeiramente os anseios da categoria, que contemple o fim da rotatividade, do assédio moral e das metas abusivas; que proponha uma distribuição de renda condizente com os resultados do setor, com ganho real, PLR justa e não compensação dos programas próprios; e que priorize a saúde, a segurança e a qualidade de vida dos bancários”, frisa o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias.

Mobilização – O Sindicato irá realizar uma plenária nesta quarta-feira, 14 de setembro, às 18h30, com toda a categoria, para organizar a mobilização da campanha salarial junto com os trabalhadores. Uma assembleia para avaliação da proposta dos bancos deve ser realizada ainda na próxima semana, no dia 22.

Informações – Todas as informações sobre o andamento das negociações da campanha salarial dos bancários e a íntegra da minuta de reivindicações da categoria estão disponíveis no site www.bancariosdecuritiba.org.br e nas redes sociais facebook.com/bancariosdecuritiba e twitter.com/bancariosctba.

Principais reivindicações:

Reajuste Salarial: 12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)
PLR: Três salários mais R$ 4.500

Pisos
Portaria - R$ 1.608,26
Escritório - R$ 2.297,51
Caixa - R$ 3.101,64
1º Comissionado - R$ 3.905,77
1º Gerente - R$ 5.169,40

Vales Alimentação e Refeição e auxílio-creche/babá: R$ 545 cada

PCCS: Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós

Outras
Ampliação das contratações
Fim da rotatividade
Combate às terceirizações
Garantia contra dispensas imotivadas (Convenção 158 da OIT)
Banco para todos, sem precarização
Cumprimento da jornada de 6 horas
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral e à violência organizacional
Segurança contra assaltos e adicional de 30% de risco de morte
Previdência complementar para todos os trabalhadores
Contratação da remuneração total
Igualdade de oportunidades
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29.08.2011 - Negociações dos bancários começam nesta terça (30)

NA PRIMEIRA RODADA, SERÃO DISCUTIDAS REIVINDICAÇÕES SOBRE EMPREGO

A primeira rodada de negociações entre os bancários, representados pelo Comando Nacional dos Bancários, e a entidade patronal (Fenaban) acontece nesta terça e quarta-feira, dias 30 e 31 de agosto, em São Paulo. Na pauta, estarão os temas emprego e reivindicações sociais.

Os bancários querem ampliação das contratações; combate às terceirizações e à rotatividade; garantia contra dispensas imotivadas, com a ratificação da Convenção 158, da OIT; e inclusão bancária para todos, entre outras.

As demais rodadas de negociações já agendadas serão realizadas nos dias 5 e 6 de setembro, também em São Paulo, para tratar dos temas saúde e condições de trabalho, e ainda, no dia 13 de setembro, será tratado o tema remuneração.

O Comando Nacional dos Bancários é coordenado pela Contraf-CUT e formado por representantes de sindicatos de todo o país. Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, e Elias Jordão, presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), são os representantes do Paraná na mesa de negociação.

Mais informações, subsídios da Campanha Salarial dos Bancários e a íntegra da minuta de reivindicações estão disponíveis no site www.bancariosdecuritiba.org.br; no twitter @bancariosctba; e no facebook.com/bancariosdecuritiba.

Primeira rodada de negociações dos bancários

Data: terça e quarta-feira (30 e 31 de agosto)
Local: São Paulo
Pauta: Emprego e reivindicações sociais
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22.08.2011 - Negociações começam dias 30 e 31 de agosto
A primeira rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será nos dias 30 e 31 de agosto, em São Paulo, terça e quarta-feira da próxima semana. Neste primeiro momento, serão debatidas propostas de emprego e reivindicações sociais.

Também ficaram definidos os dias para outras duas rodadas, uma sobre saúde e condições de trabalho e outra sobre remuneração.

O Comando Nacional fará uma reunião na próxima segunda-feira, 29 de agosto, para preparar o início das negociações com a entidade patronal. Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, e Elias Jordão, presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), representam o Paraná no Comando Nacional.

Confira o calendário de negociações:

30 e 31 de agosto: emprego e reivindicações sociais
05 e 06 de setembro: saúde e condições de trabalho
13 de setembro: remuneração

Principais reivindicações:

Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)

PLR - Três salários mais R$ 4.500

Pisos
Portaria - R$ 1.608,26
Escritório - R$ 2.297,51
Caixa - R$ 3.101,64
1º Comissionado - R$ 3.905,77
1º Gerente - R$ 5.169,40

Vales Alimentação e Refeição e auxílio-creche/babá - R$ 545 cada

PCCS - Plano de Cargos, Carreiras e Salários

Auxílio-educação - pagamento para graduação e pós

Emprego
Ampliação das contratações
Fim da rotatividade
Combate às terceirizações
Garantia contra dispensas imotivadas (Convenção 158 da OIT)
Banco para todos, sem precarização

Outras prioridades
Cumprimento da jornada de 6 horas
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral e à violência organizacional
Segurança contra assaltos e adicional de 30% de risco de morte
Previdência complementar para todos os trabalhadores
Contratação da remuneração total
Igualdade de oportunidades

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15.08.2011 - Bancários lançam campanha salarial na quarta-feira (17)

EM 2011, BANCÁRIOS VÃO LUTAR POR EMPREGO DECENTE, COM REMUNERAÇÃO JUSTA, SAÚDE E SEGURANÇA, E PELO FIM DOS CORRESPONDENTES

Na próxima quarta-feira, 17 de agosto, às 10 horas, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realiza ato de lançamento da campanha salarial 2011, com concentração em frente ao HSBC Palácio Avenida, na Rua XV de Novembro.

Neste ano, a luta dos bancários é pelo emprego decente, com segurança, melhoria nas condições de trabalho, fim dos correspondentes bancários e aumento real. Os bancários querem reajuste de 12,8% (reposição da inflação e aumento real); Participação nos Lucros de 3 salários mais R$ 4.500 fixos; combate às terceirizações e rotatividade; fim das metas abusivas.

Lançamento da Campanha Salarial dos Bancários em Curitiba

Data: quarta-feira, 17 de agosto
Horário: 10h
Local: em frente ao HSBC Palácio Avenida (Rua XV de Novembro)

Subsídios

Aumento real – O Banco Central já está plantando na mídia a falácia de que aumento de salário gera inflação. Ao contrário desse discurso, órgãos como o Dieese já desmistificaram essas declarações, afirmando que o aumento da inflação está relacionado à elevação dos preços de produtos alimentícios e aos preços administrados. E quem determina os valores dos produtos é quem produz e vende, ou seja, os empresários, e não quem consome.

Lucro dos bancos – O faturamento do setor financeiro é muito superior ao reajuste que os bancários vêm recebendo nos últimos anos. Enquanto o lucro agregado das seis maiores instituições financeiras que atuam no Brasil atingiu R$ 45,4 bilhões em 2010, um avanço de 39,3% sobre os ganhos de 2009, a categoria bancária conquistou, com muita luta, um reajuste salarial de 7,5%.

Rotatividade – A Pesquisa de Emprego Bancário, realizada pela Contraf-CUT e pelo Dieese com base nos dados do Caged, revelou que em 2010 os bancos que atuam no país desligaram 33.418 bancários (7% da categoria), com remuneração média de R$ 3.504,78, e contrataram 57.450 trabalhadores, com ganho mensal médio de R$ 2.187,86 – uma redução remuneratória de 37,57%. A rotatividade explica o fato de a categoria ter conquistado 17,26% de aumento real de salário entre 2004 e 2010, enquanto o salário médio dos bancários cresceu apenas 3,66% (passando de R$ 4.278,61 para R$ 4.435,41) nesse mesmo período.

 Dados do setor – De acordo com dados do Caged, em Curitiba e região existem mais de 18 mil bancários distribuídos por 468 agências (361 na capital e 107 na RMC); no Paraná mais de 30 mil trabalhadores em 1.375 agências; e no Brasil 499.418 bancários e 19.981 agências.

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05.08.2011 - Bancários entregam minuta de reivindicações dia 12 de agosto

CATEGORIA PEDE EMPREGO DECENTE, 5% DE AUMENTO REAL E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO

A data-base dos bancários é 01 de setembro, mas os debates para a campanha salarial deste ano começaram há bastante tempo, com a consulta sobre prioridades dos trabalhadores e a realização de conferências regionais, estaduais e nacional. Todo o processo amplo e democrático definiu a pauta de reivindicações da categoria. O documento, que tem sua íntegra disponível no site (www.bancariosdecuritiba.org.br), será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a entidade patronal que representa os bancos nas negociações, na próxima sexta-feira, 12 de agosto, em São Paulo.

O que queremos – Em 2011, os bancários querem melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas, fim das demissões e da alta rotatividade no setor, mais contratações e mais segurança para trabalhadores e clientes. A categoria, que tem negociação nacional, reivindica também 12,85% de reajuste salarial – índice que contempla a reposição da inflação projetada para o período de 01 de setembro de 2010 a 31 de agosto de 2011, além de 5% de aumento real.

Os bancários também querem o piso salarial igual ao projetado pelo Dieese como o valor ideal para o salário mínimo, que é de R$ 2.297,51 (referente a junho). A minuta contempla, ainda, o reajuste de todos os benefícios, como vale-refeição, alimentação, auxílio-creche para o valor de um salário mínimo (R$ 545) e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500 fixos.

ENTREGA DA MINUTA DOS BANCÁRIOS
Data: sexta-feira, 12 de agosto
Local: Sede da Fenaban, em São Paulo
Mais informações em www.bancariosdecuritiba.org.br



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26.08.2010 - Diante dos lucros dos bancos,
categoria bancária quer melhores
condições de trabalho e aumento real

No primeiro semestre de 2010, os seis maiores bancos que atuam no país (Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Santander e HSBC) lucraram juntos R$ 21,7 bilhões, de acordo com dados oficiais do Banco Central. Nos seis primeiros meses de 2008, antes da crise econômica mundial, os mesmos bancos registraram lucro de R$18,8 bilhões. Já em 2009, ano da crise, os seis bancos lucraram R$ 15,1 bilhões no primeiro semestre.

Outros dados divulgados recentemente, em estudo elaborado com base nos demonstrativos financeiros apresentados pelas empresas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula a bolsa, mostram que o setor bancário é o mais lucrativo entre as empresas de capital aberto do Brasil, ultrapassando o setor de gás e petróleo. Só no segundo trimestre de 2010, os 25 bancos com papéis na Bovespa lucraram R$ 10 bilhões, enquanto o segundo colocado lucrou R$ 8,5 bilhões.

Diante deste cenário, o presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (FETEC-CUT-PR), Elias Jordão, analisa a situação dos bancários: “Os trabalhadores fazem jus a uma melhor remuneração frente aos lucros obtidos pelo setor financeiro, afinal, eles são os principais responsáveis por toda esta lucratividade. É o bancário que fica atrás do balcão vendendo os produtos e serviços dos bancos, se desdobrando para atender bem o cliente. Por isso, insistimos na valorização do piso salarial, no índice de recomposição e numa participação nos lucros mais condizente com o esforço dos trabalhadores”, enfatiza.

“Além da valorização econômica, queremos melhores condições de trabalho, pois acima da remuneração está a saúde dos bancários. Os bancos não podem ficar apenas com o lucro, precisam dar sua contrapartida para a sociedade: mais crédito, juros menores, menos tarifas, segurança para os clientes e funcionários e condições melhores de atendimento nas agências, com a contratação de mais funcionários”, enfatiza Jordão.

Confira algumas reivindicações dos trabalhadores bancários:

- Reajuste salarial de 11%, correspondente à reposição da inflação acumulada no período de 01/09/2009 a 31/08/2010, mais aumento real;

- Auxílio refeição no valor de R$510 (salário mínimo vigente);

- Auxílio cesta-alimentação no valor de R$510;

- Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 3 salários-base mais R$ 4 mil;

- Contratação total da remuneração (a regulamentação da remuneração variável pela Convenção Coletiva de Trabalho busca acabar com o individualismo para o cumprimento de metas, transformando-as em coletivas. A reivindicação inclui o pagamento mensal, pelos bancos, a título de remuneração complementar, de 10% sobre o total de vendas de produtos financeiros realizados nas unidades e 5% da receita de prestação de serviços, apurada trimestralmente e distribuída de forma linear);

- Plano de Cargos e Salários para todos.
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17.08.2010 - Bancários de Curitiba e região
lançam campanha salarial 2010
Ato de lançamento será realizado no Centro da cidade. Bancários querem melhores condições de trabalho, saúde e segurança.

Nesta quinta-feira, 19 de agosto, a partir das 9h30, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) fazem o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2010 na capital.

O ato será realizado em frente ao Palácio Avenida, na rua XV de Novembro. Os bancários irão priorizar o esclarecimento da população sobre suas as reivindicações para a campanha salarial e a importância do apoio popular ao movimento.

Após o lançamento oficial, os bancários farão passeata até o Centro de Serviços de Logística (CSL) do Banco do Brasil, na Praça Tiradentes, para protestar contra o descaso do banco em implantar o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), já negociado há bastante tempo com o banco.

Participação do Dieese

O técnico do Dieese-PR Fabiano Camargo da Silva estará presente no ato dos bancários para prestar esclarecimentos sobre o Sistema Financeiro Nacional. Ele apresentará um panorama do setor bancário no Paraná e no Brasil, comparando a lucratividade dos bancos com a alta rotatividade no setor e o número de empregos. De acordo com o técnico, a despesa com pessoal dos 10 principais bancos do país é inferior ao índice de inflação nos últimos anos.

Início das negociações

A Campanha Nacional dos Bancários 2010 é unificada em todo o país e terá a primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários (representante dos trabalhadores) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos, entidade sindical patronal) no dia 24 de agosto, quando serão debatidas as questões de saúde e condições de trabalho. Na ocasião, será definido também o calendário de negociações.

Pré-acordo

No dia 11 de agosto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Fenaban assinaram um pré-acordo, que definiu direitos dos trabalhadores durante as negociações, após da data-base da categoria, em 1º de setembro. No documento também ficou estabelecido que as partes se comprometem a esgotar o diálogo na mesa de negociações e evitar o dissídio coletivo.


Lançamento Campanha Nacional dos Bancários
Data: 19 de agosto (quinta-feira)
Horário: a partir das 9h30
Local: em frente ao HSBC Palácio Avenida (XV de Novembro, Centro)
Fontes para entrevistas: Otávio Dias (presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região) e Fabiano Camargo da Silva (economista do Dieese-PR)

Principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010: Remuneração e Previdência- Reajuste salarial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real)
- Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil fixos
- Piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)
- Elevação do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá para o valor de um salário mínimo para cada item
- Previdência Complementar para todos os bancários

Emprego
- Mais contratações
- Ampliar a contratação de mulheres, negros e pessoas com deficiência, garantindo igualdade de oportunidades
- Garantia de emprego
- Reversão das terceirizações
- Qualificação e requalificação profissional

Saúde do Trabalhador
- Fim das metas abusivas
- Combate ao assédio moral
- Prevenção contra os riscos de adoecimentos
- Programa de Reabilitação Profissional em todos os bancos
- Promoção da saúde da mulher
- Assistência médica, hospitalar, odontológica e medicamentosa
- Manutenção de todos os direitos aos afastados por problemas de saúde

Segurança Bancária
- Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões
- Ampliação dos equipamento de prevenção
- Adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria
- Proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários
- Estabilidade provisória para vitimas de assaltos, sequestros e extorsões

Sistema Financeiro
- Regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal
- Regulamentação da remuneração dos executivos
- Democratização e ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN)
- Regulamentação do papel social dos bancos
- Fim dos correspondentes bancários
- Fortalecimento dos bancos públicos
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11.08.2010 - Bancários iniciam campanha
por melhores condições de trabalho

 

Foi entregue na manhã desta terça-feira, 11 de agosto, a pauta de reivindicações da categoria bancária para a negociação salarial deste ano. O documento chegou às mãos da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – entidade sindical representante da classe patronal – através do Comando Nacional dos Bancários, uma comissão eleita que representa os trabalhadores. A data-base da categoria é 1º de setembro.

A apresentação da minuta à Fenaban foi realizada em São Paulo, pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro. Os representantes dos trabalhadores destacaram a preocupação com a alta rotatividade no setor bancário: “Somente em 2009 foram 30 mil demitidos”, salienta Elias Hennemann Jordão, presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR), um dos representantes do Paraná no Comando Nacional. “A Fenaban rebate esse fato e alega que a rotatividade é baixa comparada com outros segmentos e que fica dentro do sistema financeiro, sugerindo que os trabalhadores passam de um banco para outro, mas nós sabemos que essa medida reduz o salário dos bancários”, enfatiza Jordão.   

“A economia brasileira vive um momento de crescimento e o sistema financeiro está tão bem quanto ou ainda melhor. Os balanços mostram lucros exorbitantes, que equivalem de 25% a 30% do patrimônio líquido dos bancos. Diante disso, sabemos que os patrões têm plenas condições de atender as reivindicações dos trabalhadores”, afirma Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e membro do Comando Nacional.

A Fenaban se comprometeu em realizar debates internos ainda no mês de agosto para analisar a minuta de reivindicações dos trabalhadores e agendar a primeira rodada de negociações o mais breve possível. É consenso entre o Comando Nacional e a entidade patronal para que neste ano a negociação seja feita através do diálogo, na mesa de negociação, sem a necessidade de intervenção judicial.

Demandas dos bancários

As reivindicações estão centradas nos eixos remuneração, emprego com igualdade de oportunidades, saúde do trabalhador e segurança bancária. Os bancários querem reajuste salarial de 11% (inflação do período mais aumento real); piso salarial de acordo com o calculado pelo Dieese (R$ 2.157,88); Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil fixos; benefícios como auxílio refeição, cesta alimentação e auxílio creche no valor de um salário mínimo cada.

Apesar das reivindicações econômicas, neste ano, a campanha está focada nas melhorias em saúde, segurança e condições de trabalho. Os bancários reivindicam redução das metas abusivas, combate ao assédio moral, prevenção contra riscos de trabalho, ampliação de equipamentos de prevenção, apoio às vitimas de assalto e sequestro, inclusive com estabilidade provisória. A questão das metas também está atrelada à reivindicação pela contratação dos trabalhadores pela remuneração total. Grande parte dos ganhos dos bancários está atualmente vinculada ao cumprimento de metas, prejudicando a saúde dos trabalhadores. 

Principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010: Remuneração e Previdência- Reajuste salarial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real)
- Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário
- Piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88).
- Elevação do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá para o valor de um salário mínimo para cada item
- Previdência Complementar para todos os bancários
Emprego- Mais contratações
- Ampliar a contratação de mulheres, negros e pessoas com deficiência, garantindo igualdade de oportunidades
- Garantia de emprego
- Reversão das terceirizações
- Qualificação e requalificação profissionalSaúde do Trabalhador - Fim das metas abusivas
- Combate ao assédio moral
- Prevenção contra os riscos de adoecimentos
- Programa de Reabilitação Profissional em todos os bancos
- Promoção da saúde da mulher
- Assistência médica, hospitalar, odontológica e medicamentosa
- Manutenção de todos os direitos aos afastados por problemas de saúdeSegurança Bancária- Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões
- Ampliação dos equipamento de prevenção
- Adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria
- Proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários
- Estabilidade provisória para vitimas de assaltos, sequestros e extorsõesSistema Financeiro- Regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal
- Regulamentação da remuneração dos executivos
- Democratização e ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN)
- Regulamentação do papel social dos bancos
- Fim dos correspondentes bancários
- Fortalecimento dos bancos públicos