No Paraná, a greve continuava crescendo. No total, eram 710 agências fechadas pelos dez sindicatos atuantes. A estimativa é que 16,4 mil bancários - do total de 23 mil - estavam participando do movimento no Estado. Só em Londrina e região, eram 98 estabelecimentos inoperantes. Curitiba e região metropolitana, somavam 310 agências paradas.
De acordo com Wanderley Crivelari, presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, tudo indicava que a greve continuaria pela manhã de hoje. Os bancários até haviam remanejado sua assembleia diária das 17 horas para as 20 horas de ontem, porém, não tiveram nenhuma proposta para colocar em pauta. ''A negociação está travada e acho que a greve deve continuar. Eles não apresentaram nada de novo e a proposta está sendo construída na mesa de negociação, o que torna a discussão ainda mais demorada. Pode ser que a rodada continue amanhã (hoje) pela manhã''.
Após a rodada com a Fenaban, o Comando Nacional, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, ainda tem que retomar as negociações com as direções de ambos os bancos públicos com intuito de discutir assuntos específicos.
As reivindicações dos bancários são fortemente baseadas nos lucros dos bancos públicos e privados no primeiro semestre deste ano. Os lucros ultrapassaram a casa dos R$ 27 bilhões e por isso a expectativa que a nova proposta construída seja convincente. Vale lembrar que na quarta rodada de negociações, a Fenaban ofereceu ao Comando Nacional dos Bancários um reajuste de 7,8%. Dois dias depois, aumentou em 0,2% a proposta, ambas negadas na mesa.
Além do reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período) e melhorias na PLR e piso, os grevistas reivindicam mais contratações, extinção de rotatividade, fim de metas abusivas, combate ao assédio moral entre outros pontos.