Movimento completa 17 dias e já o segundo mais longo da história, segundo Sindicato
A greve dos bancários, que completa hoje 17 dias, já é considerada a segunda mais longa da história, atrás apenas da paralisação de 2004, quando chegou a 30 dias, pode ter um prazo para acabar. Ontem, ao final do dia, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), rompeu o silêncio e convidou o coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, para uma reunião de negociação às 16 horas de hoje. A informação foi confirmada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A greve, que já é a maior em termos de adesão de funcionários da categoria nos últimos 20 anos, foi deflagrada depois que as assembleias dos sindicatos rejeitaram a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban, que significa apenas 0,56% de aumento real. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, entre outros pleitos.
Em assembleia ocorrida na última terça-feira, o Comando Nacional dos Bancários havia decidido orientar os sindicatos de todo o país a fortalecer e ampliar ainda mais a greve nacional da categoria e ainda solicitar uma audiência pública com a presidente Dilma Rousseff para cobrar empenho do governo federal na construção de uma solução para a greve.
“Os bancos brasileiros são os que mais lucram na América Latina, mas pagam um piso salarial menor do que o recebido por argentinos e uruguaios, porém pagam bônus muito maiores para seus altos executivos”, afirma Cordeiro, lembrando pesquisa do Dieese e da Contraf-CUT. O salário de ingresso nos bancos no Brasil em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735, mais baixo o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos argentinos (US$ 1.432).
“Os bancos brasileiros são os que mais lucram na América Latina, mas pagam um piso salarial menor do que o recebido por argentinos e uruguaios, porém pagam bônus muito maiores para seus altos executivos”, afirma Cordeiro, lembrando pesquisa do Dieese e da Contraf-CUT. O salário de ingresso nos bancos no Brasil em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735, mais baixo o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos argentinos (US$ 1.432).
“Um país em que os altos executivos dos bancos chegam a ganhar 400 vezes mais que o piso salarial da categoria não pode ser chamado de justo”, sustenta o dirigente sindical. “Além disso, os bancos utilizam a alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro, muito maior que em outros países, para reduzir a massa salarial dos bancários”, denuncia.
A Contraf-CUT remeterá também cartas aos presidentes dos seis maiores bancos do país e que participam da mesa de negociações da Fenaban (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), além do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia, cobrando a responsabilidade de cada instituição na retomada do diálogo para construir uma proposta para as questões gerais dos bancários, bem como para as mesas específicas.
A Contraf-CUT remeterá também cartas aos presidentes dos seis maiores bancos do país e que participam da mesa de negociações da Fenaban (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), além do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia, cobrando a responsabilidade de cada instituição na retomada do diálogo para construir uma proposta para as questões gerais dos bancários, bem como para as mesas específicas.
Os bancários pedem reajuste de 5% acima da inflação, enquanto os bancos oferecem 0,56%. Diante do impasse, os trabalhadores pedem que os bancos reformulem a proposta para sentar à mesa de negociações.
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