terça-feira, 21 de agosto de 2012

Paraná é o quarto estado em número de ataques a banco no país

Rádio CBN Curitiba - Cristina Seciuk

Nos primeiros seis meses do ano, o Paraná registrou 16 assaltos e 93 arrombamentos de agências e caixas eletrônicos. Os dados são da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, feita pela Confederação Nacional dos Vigilantes e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a Contraf, e colocam o estado em quarto lugar no ranking de ataques em todo o país.

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Ataques a bancos crescem 50,48% em um ano

Rede Brasil Atual

São Paulo – A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Contraf-CUT, divulgada hoje (20), em Curitiba, mostra que os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre deste ano com a marca de 1.261 ocorrências em todo o país: média diária de 6,92. Desses, 377 assaltos, implicando sequestro de bancários e vigilantes, consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. De janeiro a junho de 2011, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos. No segundo semestre do ano passado houve 753 ataques: 331 assaltos e 422 arrombamentos. O estado de São Paulo lidera o ranking, com 289 ocorrências, seguido por Minas Gerais, com 165; Santa Catarina, com 126; Paraná, com 109, e Bahia, com 91.

De acordo com nota divulgada pela Contraf-CUT, o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, afirmou que essa radiografia é resultado de um esforço conjunto das entidades sindicais dos vigilantes e bancários, com a finalidade de revelar dados concretos sobre a violência nos bancos, "que tanto assusta os trabalhadores e a população, e buscar soluções para proteger a vida das pessoas". Para ele, são dados importantes para o debate com os bancos, as empresas de segurança e a sociedade, "bem como para a construção do projeto de lei de estatuto de segurança privada, que se encontra em andamento no Ministério da Justiça".

Para o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, esses dados mostram a necessidade de medidas preventivas contra assaltos e sequestros, pois esses "deixaram um rastro de mortes, feridos e traumatizados". Ele disse que o tema deve estar na mesa de negociação que ocorre amanhã, em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Investimentos

Estudo feito pelo Dieese com base nos balanços publicados do primeiro semestre mostrou que os cinco maiores bancos lucraram R$ 24,6 bilhões e aplicaram R$ 1,5 bilhão em despesas com segurança e vigilância, o que representa uma média de 6,05% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança. Para Ademir, esse dado desmascara tecnicamente o truque da segurança. "Os bancos dizem que estão preocupados com a segurança, mas gastam muito pouco diante de seus lucros gigantescos."

A Contraf-CUT afirma, em nota, que os números superam a estatística nacional da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que é restrita a assaltos, consumados ou não, que apurou 200 ataques ante os 377 da pesquisa dos bancários e vigilantes.

"A Febraban deveria refazer as contas, pois é uma diferença considerável. Pode ser que ainda existam agências e postos que não providenciam a emissão do Boletim de Ocorrência na polícia", disse o presidente da Fetec-CUT/PR, Elias Jordão. "Nós reivindicamos na Campanha Nacional dos Bancários que cópia do BO seja enviada para a Cipa, o sindicato local e a Contraf-CUT."
Estudo

A nota da Contraf-CUt explica que o estudo contou com apoio técnico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários. O levantamento foi coordenado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com o apoio do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, da Federação dos Vigilantes do Paraná e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR). Para os dirigentes, o número de casos poderia ter sido ainda maior devido à dificuldade de levantar informações em alguns estados e pelo fato de que nem todas as ocorrências são divulgadas pela imprensa.

Brasil tem um ataque à agência bancária a cada quatro horas, aponta estudo

Portal R7.com

Empresas faturaram quase 25 bi em 2012, mas investiram só 6% em segurança

Levantamento feito nos estados brasileiros mostrou que, a cada quatro horas, em média, um banco foi alvo de criminosos no primeiro semestre deste ano. A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos apontou que foram registradas 1.261 ocorrências (301 assaltos e 537 arrombamentos) entre janeiro e junho em todo o país - ou quase sete crimes desse tipo por dia. 

O estudo elaborado pela CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes) e Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) também mostrou que os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2011, quando foram registrados 753 crimes. Deste total, 331 foram ataques e 422 arrombamentos. 

Para João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, que coordenou a pesquisa, o aumento de ataques a bancos, sobretudo de arrombamentos, no primeiro semestre deste ano, tem a ver com a onda de explosões de caixas eletrônicos. Muitos desses equipamentos, pontuou Soares, foram instalados em locais inseguros. 

- O Exército precisa melhorar a fiscalização e o controle do transporte, armazenagem e comércio de dinamite. 

São Paulo é o Estado que lidera o ranking, com 289 ataques. Em segundo lugar, aparece Minas Gerais, com 165, em terceiro Santa Catarina, com 126, em quarto Paraná, com 109, e em quinto Bahia, com 91. 

Os dados do estudo foram levantados a  partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários. Segundo a CNTV, o número de casos pode ter sido ainda maior devido à dificuldade de levantar informações em alguns estados e pelo fato de que nem todas as ocorrências são divulgadas pelos veículos de comunicação. 

Mortes
 

Outro diagnóstico da violência nos bancos é a pesquisa nacional sobre mortes em assaltos envolvendo bancos, elaborada pela Contraf-CUT e CNTV a partir de notícias da imprensa, com apoio técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). 

No primeiro semestre de 2012, a pesquisa apurou a ocorrência de 27 assassinatos, média de quatro vítimas fatais por mês. Houve um aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes. 

São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência foi o crime de "saidinha de banco", que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido de vigilantes (5), pedestres (3), policiais (3) e bancário (1). 

Na opinião do presidente do Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, as mortes são resultado do descaso das empresas bancárias na proteção da vida dos clientes. 

- Entra ano, sai ano, e muitas pessoas continuam morrendo em assaltos envolvendo bancos, o que é inaceitável no setor mais lucrativo do país. Isso comprova o enorme descaso e a escassez de investimentos dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes. E também revela a fragilidade da segurança pública diante da falta de mais policiais e viaturas nas ruas e de ações de inteligência para evitar ações criminosas. 

Estudo feito pelo Dieese, com base nos balanços publicados do primeiro semestre de 2012, os cinco maiores bancos do País lucraram R$ 24,6 bilhões e aplicaram R$ 1,5 bilhão em despesas com segurança e vigilância, o que representa uma média de 6,05% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança. 

Para Ademir Wiederkehr, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, os bancos dizem que estão preocupados com a segurança, mas gastam muito pouco diante de seus lucros gigantescos. 

Ataques a bancos no Paraná crescem 94%; a cada 10 assaltos no país, um acontece aqui

Rádio Banda B


Os ataques a bancos no Paraná cresceram 94% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 109 ocorrências. Isso significa que a cada 10 assaltos do gênero no país, pelo menos um acontece aqui no estado. No Brasil, o índice de assaltos a bancos cresceu 50,48% no primeiro semestre e atingiram 1.261 ocorrências, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses casos, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados no Brasil 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.
Os dados são da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio técnico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários.
A pesquisa foi lançada nesta segunda-feira-feira (20), durante entrevista coletiva, em Curitiba. Os números também superam os dados do segundo semestre de 2011, quando foram verificados 753 ataques, dos quais 331 assaltos e 422 arrombamentos em todo o país.
O Paraná, que aparece em quarto lugar no ranking de assaltos a bancos, um detalhe chamou a atenção: nenhuma morte foi registrada no período. A explicação, segundo observaram os analistas da pesquisa, está no fato de que por aqui os assaltos mais freqüentes acontecem quando a agência está vazia, na madrugada, para a explosão de caixas eletrônicos.
“O aumento de ataques a bancos, sobretudo de arrombamentos, no primeiro semestre deste ano tem a ver com a onda de explosões de caixas eletrônicos, muitos instalados em locais inseguros e desprovidos de equipamentos de segurança”, explica o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares. “O Exército precisa melhorar a fiscalização e o controle do transporte, armazenagem e comércio de dinamite”, aponta.
São Paulo é o estado que lidera o ranking, com 289 ataques. Em segundo lugar aparece Minas Gerais, com 165, em terceiro Santa Catarina, com 126, em quarto Paraná, com 109, e em quinto Bahia, com 91.
O levantamento foi coordenado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com o apoio do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, da Federação dos Vigilantes do Paraná e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR). O número de casos pode ter sido ainda maior devido à dificuldade de levantar informações em alguns estados e pelo fato de que nem todas as ocorrências são divulgadas pela imprensa.
“Os bancos não podem continuar tratando os arrombamentos como problema de segurança pública, na medida em que ocorrem por causa das instalações vulneráveis de seus estabelecimentos e trazem uma sensação de insegurança para trabalhadores e clientes”, alerta o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias.
Pesquisa nacional sobre mortes em assaltos envolvendo bancos
Outro diagnóstico da violência nos bancos é a pesquisa nacional sobre mortes em assaltos envolvendo bancos, elaborada pela Contraf-CUT e CNTV a partir de notícias da imprensa, com apoio técnico do Dieese.
No primeiro semestre de 2012, o levantamento apurou a ocorrência de 27 assassinatos, média de quatro vítimas fatais por mês, um aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes.
São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência foi o crime de "saidinha de banco", que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancário (1).
Propostas dos vigilantes e bancários
- Porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento com recuo em relação à calçada onde deve ser colocado um guarda-volumes com espaços chaveados e individualizados;
- Vidros blindados nas fachadas;
- Câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes, bem como nas calçadas e áreas de estacionamento, com monitoramento em tempo real e com imagens de boa qualidade para auxiliar na identificação de suspeitos;
- Biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas, com o reposicionamento do vigilante para observar também esse espaço junto com a colocação de uma câmera de vídeo, o que elimina o risco do chamado ponto cego;
- Divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos;
- Ampliação do número de vigilantes visando garantir o cumprimento integral da lei 7.102/83 durante todo horário de funcionamento das agências e postos de atendimento;
- Fim da guarda das chaves de cofres e das unidades por bancários e vigilantes, ficando as chaves na sede das empresas de segurança;
- Proibição do transporte de valores por bancários; operações de embarque e desembarque de carros fortes somente em locais exclusivos e seguros; e fim do manuseio e contagem de numerário por vigilantes no abastecimento de caixas eletrônicos;
- Atendimento médico e psicológico para trabalhadores e clientes vítimas de assaltos, sequestros e extorsões;
- Escudos e assentos no interior das agências e postos de atendimento para os vigilantes;
- Instalação de caixas eletrônicos somente em locais seguros;
- Maior controle e fiscalização do Exército no transporte, armazenagem e comércio de explosivos.

Assaltos a bancos crescem 25% e arrombamentos aumentam 65% no primeiro semestre

Agência Brasil de Notícias - Fernando César Oliveira


Curitiba – O total de assaltos a bancos ocorridos no país ao longo do primeiro semestre deste ano cresceu 25,2% em relação ao mesmo período de 2011. O número passou de 301 para 377 casos. Já os arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos passaram de 537 para 884 no mesmo período – um crescimento de 64,6%.
Os dados fazem parte da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, divulgada hoje (20) em Curitiba. O levantamento foi elaborado pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), com apoio técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Somadas, ambas as modalidades de ataques a bancos chegaram a 1.261 ocorrências, uma alta de 50,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando houve 838 casos. Entre as fontes da pesquisa estão estatísticas de secretarias estaduais de Segurança Pública, notícias publicadas pela imprensa e levantamentos de sindicatos e federações de trabalhadores. No mês passado, a CNTV, a Contraf e o Dieese haviam divulgado27 mortes em assaltos a bancos, de janeiro a junho de 2012.
Nas estatísticas de assaltos a bancos por estado, São Paulo lidera o ranking, com 99 casos no primeiro semestre, seguido por Bahia (37), Ceará (26), Pernambuco (18), Paraíba (17), Paraná (16) e Mato Grosso (16). Em termos percentuais, o maior crescimento ocorreu no Ceará, que passou de cinco casos no primeiro semestre de 2011 para 26 no mesmo período deste ano, uma alta de 420%.
ranking de arrombamentos também é liderado por São Paulo, com 190 casos. Na sequência, aparecem Minas Gerais (151), Santa Catarina (121), Paraná (93), Bahia (54), Rio Grande do Sul (40) e Mato Grosso (32). O maior crescimento do número de casos ocorreu em Minas Gerais, com um salto de cinco para 151 ocorrências, uma variação de 2.920% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
As entidades acreditam que os dados reais podem ser ainda maiores, em razão da dificuldade de se obter esse tipo de informação em alguns estados. Casas lotéricas, unidades do Banco Postal dos Correios e correspondentes bancários não constam do levantamento.
"Esperamos que o anteprojeto de lei que trata do estatuto da segurança privada seja apresentado ainda este ano pelo Ministério da Justiça. A legislação atual está defasada", disse Ademir Wiederkehr, diretor da Contraf, em entrevista à Agência Brasil. "Queremos mais segurança para proteger a vida das pessoas. Não queremos mais a morte de clientes e trabalhadores."
Entre as reivindicações das entidades que representam vigilantes e bancários estão a obrigatoriedade de porta giratória com detector de metais antes das salas de autoatendimento; instalação de vidros blindados nas fachadas das agências; colocação de câmeras de monitoramento dentro e fora dos bancos; ampliação do número de vigilantes; uso de divisórias entre os caixas e biombos antes da fila de espera; e isenção de tarifa para transferências eletrônicas de recursos entre bancos diferentes.
As entidades sindicais também defendem maior controle e fiscalização por parte do Exército no transporte, armazenamento e comércio de explosivos. Em 2011, de acordo com números apresentados pela CNTV, houve pelo menos 44 ocorrências de roubos de cargas de explosivos no país – 15 delas em Minas Gerais, o que explicaria, em parte, o aumento significativo de casos de arrombamento registrados no estado. Em segundo lugar aparece o Paraná, com dez ocorrências de roubos de explosivos.
"Em cada uma dessas ocorrências são roubadas toneladas de dinamite", disse o presidente da CNTV, José Boaventura Santos. "As mineradoras deveriam ser obrigadas a ter um plano de segurança para o transporte desse material, com a contratação de vigilância."
Perguntado pela Agência Brasil se já fizeram algum contato com o Exército sobre o assunto, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares, disse que o órgão participou recentemente de uma audiência pública sobre o tema, realizada na Assembleia Legislativa do Paraná.
"O representante dos Exército nessa audiência informou que é praticamente impossível fiscalizar tudo. Eles fazem uma fiscalização por amostragem", disse Soares. "Precisamos de uma fiscalização mais consistente, com medidas como rastreamento dos artefatos por chips ou códigos de barras. Há locais que vendem banana de dinamite por R$ 10."
Os trabalhadores reclamam ainda do baixo orçamento destinado pelos bancos para gastos com segurança. No primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos aplicaram R$ 1,5 bilhão em segurança, o equivalente a 6% do lucro líquido de R$ 24,6 bilhões obtido no período.
Procurada pela Agência Brasil, a Federação Brasileira de Bancos divulgou nota em que informa que a segurança dos seus funcionários e clientes é preocupação central dos bancos. Conforme a nota, os investimentos em segurança feitos pelo setor passaram de R$ 3 bilhões, em 2002, para R$ 8,3 bilhões em 2011, o que significaria um aumento de 62,4% em termos reais.
De acordo com a federação patronal, os assaltos diminuíram 78% entre os anos de 2000 e 2011, passando de 1.903 para 422. Ainda segundo a Febraban, os bancos seguem a Lei Federal nº 7.102/1983 e sua regulamentação. "O aprimoramento da segurança bancária levou a uma adaptação e migração dos criminosos profissionais para assaltos fora das agências bancárias", diz a nota da Febraban.



Ataques a bancos cresceram 190% no Paraná

Portal Bem Paraná - Jornal do Estado

Levantamento de vigilantes e bancários mostram que neste ano já foram 93 casos no Estado


Os casos de arrombamentos de caixas eletrônicos e bancos cresceram 190,6% no Paraná comparados os números do primeiro semestre de 2011 e 2012. Foram 32 casos no ano passado contra 93 neste ano. O levantamento foi coordenado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com o apoio do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, da Federação dos Vigilantes do Paraná e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná.
Contando os assaltos e os arrombamentos — que incluem as explosões de terminais — foram 109 casos no Paraná nos seis primeiros meses do ano, contra 56 no ano passado, ou o dobro. Isso coloca o Paraná como o quarto estado com mais ocorrências no País, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina em números absolutos. No cenário nacional, o estudo mostra que os ataques a bancos subiram 50,4% no País, e chegaram a 1.261 ocorrências.
O número de casos pode ter sido ainda maior devido à dificuldade de levantar informações em alguns estados e pelo fato de que nem todas as ocorrências são divulgadas pela imprensa. “Essa radiografia é resultado de um esforço conjunto das entidades sindicais dos vigilantes e bancários, a fim de revelar dados concretos sobre a violência nos bancos, que tanto assusta os trabalhadores e a população, e buscar soluções para proteger a vida das pessoas”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos.
“O aumento de ataques a bancos, sobretudo de arrombamentos, no primeiro semestre deste ano tem a ver com a onda de explosões de caixas eletrônicos, muitos instalados em locais inseguros e desprovidos de equipamentos de segurança”, explica o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares. “O Exército precisa melhorar a fiscalização e o controle do transporte, armazenagem e comércio de dinamite”, aponta.
Os dados serão levados para um debate com os bancos, as empresas de segurança e a sociedade, para a construção do projeto de lei de estatuto de segurança privada, que se encontra em andamento no Ministério da Justiça.

Ataques a bancos crescem 50,48% no primeiro semestre de 2012

CUT-PR


Dados de pesquisa nacional revelam média de sete ocorrências por dia e 27 mortes nos seis primeiros meses do ano


O primeiro semestre de 2012 registrou uma ampliação de 50,48% no número de ataques as bancos se comparado com o mesmo período do ano anterior. Ao todo foram 1.261 ocorrências no território nacional contra 883 de 2011. São sete ataques diários a bancos de acordo com o levantamento.
A sestatísticas foram divulgadas nesta segunda-feira (20), em Curitiba pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).  O estudo leva em consideração informações veiculadas pela imprensa, das secretarias de segurança pública e levantamentos de sindicatos, o que ainda pode representar uma subnotificação das informações.
O Paraná é o quarto estado no ranking divulgado, com 109 ocorrências. São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina são os os que apresentam os piores indicadores com 289, 165 e 216 ataques respectivamente.  "Essa radiografia é resultado de um esforço conjunto das entidades sindicais dos vigilantes e bancários, a fim de revelar dados concretos sobre a violência nos bancos, que tanto assusta os trabalhadores e a população, e buscar soluções para proteger a vida das pessoas”, afirma o presidente da CNTV, José Boaventura Santos. Ele reforça a possibilidade de subnotificação das informações, uma vez que nem todas as ocorrências são divulgadas pela empresa e não há dados seguros dos bancos sobre a violência.
A presidenta da CUT-PR, Regina Cruz, reforçou a importância da criação de leis para conter esta onda de violência. De acordo com ela muitos problemas podem ser evitados com aprovação de regulamentações municipais.  
“Por isso estamos realizando uma série de audiências públicas no interior do Paraná em Câmaras de Vereadores para discutir o que cada cidade pode avançar para exigir segurança para a população e também para os trabalhadores e trabalhadoras que ganham sua vida em agências bancárias”,  afirmou Regina que é vigilante.
O diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, reforçou a sensação de insegurança.  "Trata-se de mais um retrato preocupante da insegurança nos bancos, que mostra a necessidade de medidas preventivas contra assaltos e sequestros, pois esses ataques deixaram um rastro de mortes, feridos e traumatizados”, apontou.
“O aumento de ataques a bancos, sobretudo de arrombamentos, no primeiro semestre deste ano tem a ver com a onda de explosões de caixas eletrônicos, muitos instalados em locais inseguros e desprovidos de equipamentos de segurança”, completou o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares. Ele cobrou atitudes do exército na fiscalização e rastreamento dos explosivos. “Uma maneira seria a identificação dos explosivos por meio de chips ou códigos de barra”, sugeriu.
Falta investimento dos bancos – De acordo com os dirigentes presentes na entrevista coletiva, os números poderiam ser inferiores ao que representam de fato caso o sistema bancário efetuasse mais investimentos.  “Os bancos não podem continuar tratando os arrombamentos como problema de segurança pública, na medida em que ocorrem por causa das instalações vulneráveis de seus estabelecimentos e trazem uma sensação de insegurança para trabalhadores e clientes”, enfatizou o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias.
Estudo do Dieese, com base nos balanços publicados do primeiro semestre de 2012, mostrou que os cinco maiores bancos lucraram R$ 24,6 bilhões e aplicaram R$ 1,5 bilhão em despesas com segurança e vigilância, o que representa uma média de 6,05% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança.
"Esse dado desmascara tecnicamente o truque da segurança. Os bancos dizem que estão preocupados com a segurança, mas gastam muito pouco diante de seus lucros gigantescos", salientou Ademir Wiederkehr. Contudo, este percentual leva em conta desde o transporte de numerário até a segurança eletrônica para transferências feitas pela internet.  “Não sabemos o quanto é investido exclusivamente para segurança de pessoas”, completa Boaventura.
Outro ponto relatado pelos dirigentes é a diferença nos números levantados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que é restrita a assaltos, sejam eles consumados ou não. Enquanto a pesquisa da CNTV e Contraf-CUT aponta 377 assaltos no primeiro semestre deste ano, a Febraban apurou 200 no mesmo período, uma diferença de 177 casos. “Pode ser que ainda existam agências e postos que não providenciam a emissão do Boletim de Ocorrência na polícia”, sugeriu o presidente da Fetec-CUT/PR, Elias Jordão.
Mortes
A pesquisa também mostrou que no primeiro semestre de 2012 foram registrados 27 assassinatos, média de quatro vítimas fatais por mês, um aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes. 
São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência foi o crime de "saidinha de banco", que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancário (1).
 "Esses números são assustadores e reforçam a necessidade de atualizar a lei federal nº 7.102/83, que se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. Precisamos de um estatuto de segurança privada com medidas eficazes e equipamentos adequados de prevenção para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e clientes", salientou Boaventura.
Somente no ano passados os bancos foram multados em mais de R$ 6 milhões por descumprimento da lei federal 7.102/83 e de normas de segurança. As principais infrações dos bancos foram a ausência de plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente de vigilantes e alarme inoperante, entre outras infrações.

Confira as propostas dos bancários e vigilantes para ampliar a segurança nos bancos
- Porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento com recuo em relação à calçada onde deve ser colocado um guarda-volumes com espaços chaveados e individualizados;
- Vidros blindados nas fachadas;
- Câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes, bem como nas calçadas e áreas de estacionamento, com monitoramento em tempo real e com imagens de boa qualidade para auxiliar na identificação de suspeitos;
- Biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas, com o reposicionamento do vigilante para observar também esse espaço junto com a colocação de uma câmera de vídeo, o que elimina o risco do chamado ponto cego;
- Divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos;
- Ampliação do número de vigilantes visando garantir o cumprimento integral da lei 7.102/83 durante todo horário de funcionamento das agências e postos de atendimento;
- Fim da guarda das chaves de cofres e das unidades por bancários e vigilantes, ficando as chaves na sede das empresas de segurança;
- Proibição do transporte de valores por bancários; operações de embarque e desembarque de carros fortes somente em locais exclusivos e seguros; e fim do manuseio e contagem de numerário por vigilantes no abastecimento de caixas eletrônicos;
- Atendimento médico e psicológico para trabalhadores e clientes vítimas de assaltos, sequestros e extorsões;
- Escudos e assentos no interior das agências e postos de atendimento para os vigilantes;
- Instalação de caixas eletrônicos somente em locais seguros;
- Maior controle e fiscalização do Exército no transporte, armazenagem e comércio de explosivos.

Mais imagens desta publicação podem ser acessadas em nosso Flickr

Ataques a bancos e caixas eletrônicos crescem 95% no Paraná

Gazeta do Povo - Rodrigo Batista

Estado aparece em quarto lugar entre as 27 unidades da federação em número de ataques, segundo pesquisa realizada por entidades que representam vigilantes e bancários no país


Paraná registrou alta de 94,6% no número de ataques a agências bancárias, postos de atendimento e caixas eletrônicos no primeiro semestre de 2012 em comparação com o mesmo período de 2011. Segundo dados da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, foram 109 locais atacados por bandidos entre janeiro e junho de 2012, contra 56 registrados nos seis primeiros meses de 2011.
A pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base em dados das secretarias de estado de segurança pública e notícias veiculadas pela imprensa.
Em 2012, o Paraná ficou em quarto lugar entre as 27 unidades da federação no número de ataques a agências bancárias, postos de atendimento e caixas eletrônicos. Em primeiro lugar aparece São Paulo, com 289 casos, seguido por Minas Gerais (165) e Santa Catarina (126). O estado com maior crescimento foi Minas Gerais, com alta de 816,67%.
Em todo o Brasil, em 2012, a alta foi de 50,48%. Foram registrados ainda 1.261 ataques no primeiro semestre do ano, contra 838 casos nos seis primeiros meses de 2011.
Assaltos e arrombamentos
A pesquisa realizada pelos vigilantes e bancários divide os casos de ataques em duas categorias: assaltos (consumados ou não) e arrombamentos de agências e caixas eletrônicos. No Paraná, o primeiro caso registrou queda de 33,3%. Em 2012 foram 16 assaltos nos seis primeiros meses do ano, contra 24 do mesmo período de 2011. Porém, o número de arrombamentos teve crescimento de 190,6%: 93 casos em 2012 contra 32 registrados entre janeiro e junho de 2011.
No país, o número de assaltos cresceu 25,2% (saltou de 301 para 377 na comparação com os dois períodos). Assim como no Paraná, o número de arrombamentos de caixas e agências cresceu no país -- alta de 64,6%. O total passou de 537, em 2011, para 884, em 2012.
Explosivos
De acordo com levantamento feito pelo Exército Brasileiro, referente ao período de janeiro de 2011 até o dia 11 junho de 2012, o Paraná é o segundo estado com maior número de explosivos furtados ou extraviados. O estado registrou dez casos e só ficou atrás de Minas Gerais, que teve 15 ocorrências. O número, segundo o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, reflete diretamente nos frequentes casos de explosões a caixas eletrônicos.