Jornal Umuarama Ilustrado
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Umuarama - Mais um ano os bancários devem entrar em greve. No ano passado foram 15 dias de paralisação e neste ano, há grande chance de a partir da próxima quarta-feira a classe novamente parar em busca dos seus direitos. Com a greve, as cooperativas de crédito se preparam para um aumento de mais de 100% no atendimento e Procon alerta que consumidor não pode arcar com nenhum prejuízo.
Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Edílson Jose Gabriel, a última reunião de negociação deve acontecer hoje e a proposta deverá ser avaliada em uma assembleia na próxima terça-feira, dia 28 de setembro. Caso a proposta seja insatisfeita - e o sindicalista crê que será - já no outro dia os bancos devem amanhecer fechados para os usuários.
Gabriel justifica o pessimismo da classe dizendo que em todas as sete reuniões feitas até agora entre banqueiros e sindicato, os bancos não aceitaram nenhuma reivindicação dos bancários, dedicando o tempo à contra-argumentar o sindicato. "Estamos pessimistas e é muito alta a possibilidade de greve", afirma.
Na quinta-feira passada os bancos afirmaram que hoje devem apresentar uma proposta global, "mas até agora não houve deles nenhum indicativo de atendimento dos nossos pedidos". O sindicato já fez greve nos últimos três anos consecutivos.
O que eles pedem
Na esfera econômica os bancários querem um reajuste de 11% e uma participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mínimos e mais R$4 mil.
No âmbito empregatício, eles querem mais contratações de bancários, tanto nos bancos públicos como nos privados. Já na esfera da segurança, Gabriel afirma que a classe quer mais equipamentos e melhor atendimento aos bancários vítimas de assalto. "Hoje se um bancário é roubado ele se sente totalmente abandonado pelo banco", diz.
As cooperativas de crédito já estão acostumadas a entrar em uma constante "hora do rush" quando os bancos aderem a greve, chegando até a triplicar o número de atendimentos. Nas cooperativas podem ser feitos por usuários dos bancos pagamentos de títulos e tributos em geral no período de greve.
Porém, o mais importante para esses trabalhadores é conquistar o fim do assédio moral causado pela aguda imposição das metas. "Pedimos o fim das metas abusivas que estão acima do que clientes e usuários podem oferecer ao banco". Segundo ele, vários bancários estão adoecendo por estarem oprimidos por essas metas. "Não atender essa exigência deve ser o principal motivo de entrarmos em greve".
Consumidor não deve se prejudicar
Segundo o coordenador do órgão de defesa do consumidor de Umuarama, Sandro Gregório, o Procon alerta os usuários do banco sobre o artigo de Responsabilidade Objetiva do código. "Embora o banco entre em greve, o consumidor não tem nada haver com isso e qualquer prejuízo que o usuário tenha por causa da greve, o banco deverá arcar com ele". De acordo com o coordenador, durante a possível greve, o consumidor deve se dirigir ao Procon para fazer a sua reclamação e recorrer sempre aos seus direitos, na procura de reparar os danos.
Nos próximos dias o Procon deve divulgar uma lista dos correspondentes na cidade para alguns serviços, como algumas redes de lojas, Correios e lotéricas.
Cooperativas se prepararam para "inferno"
As cooperativas de crédito já estão acostumadas a entrar em uma constante "hora do rush" quando os bancos aderem a greve, chegando até a triplicar o número de atendimentos. Nas cooperativas podem ser feitos por usuários dos bancos pagamentos de títulos e tributos em geral no período de greve.
Segundo o gerente geral da unidade de Umuarama do Sicredi, Darlan Scalco, a época de greve dos bancos no mínimo dobra o atendimento na cooperativa. "Enquanto eles estão em greve nós fazemos o trabalho deles e nossas filas só aumentam". Segundo o gerente, com o vertiginoso aumento de atendimentos, o estresse das pessoas cresce dez vezes mais. "Todos os anos todo mundo acaba vindo aqui", afirma. Embora mesmo o associado seja privilegiado nos atendimentos, os funcionários indicam durante o período que estes façam o maior número possível de movimentações pela internet. Eles também fizeram agentes credenciados no comércio da cidade que poderão executar pagamentos de boletos.
"Abrimos muitas contas nessa época porque as pessoas observam que a cooperativa não vai deixá-las na mão", diz. Ele lembra também que caso a greve aconteça, a agência deve fechar as 14 horas, e não as 13 horas como o normal.
O mesmo acontece na cooperativa Sicoob. Segundo o gerente, Jair Solin, há uma média de 700 transações por dia, que com a greve dos bancários sobem 100%. De acordo com ele também é uma época em que se abrem mais contas.
"Abrimos muitas contas nessa época porque as pessoas observam que a cooperativa não vai deixá-las na mão", diz. Ele lembra também que caso a greve aconteça, a agência deve fechar as 14 horas, e não as 13 horas como o normal.
O mesmo acontece na cooperativa Sicoob. Segundo o gerente, Jair Solin, há uma média de 700 transações por dia, que com a greve dos bancários sobem 100%. De acordo com ele também é uma época em que se abrem mais contas.
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