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A fim de encerrar a greve que já se arrasta por 13 dias, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fez uma nova proposta para os bancários nesta segunda-feira (11). Após tentar um acordo com aumento de 6,5% dos salários no último sábado (9), a entidade ofereceu um reajuste de 7,5%, segundo informou a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que é ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
A categoria ainda não definiu se aceita ou não as condições para pôr fim à paralisação. A definição só deverá sair na quarta-feira (13), quando a maioria dos sindicatos dos bancários do país se reúne em assembleias.
Desta vez, o reajuste valeria apenas para quem ganha até R$ 5.250. Para quem ganha mais que esse valor, a proposta prevê um adicional fixo de R$ 393,75 ou reajuste de 4,29%, que corresponde à inflação do período. Valerá o valor que for maior.
Os bancos propuseram ainda novos valores para os pisos salariais. Os funcionários das portarias, que recebiam o mínimo de R$ 748,59, passariam a ganhar R$ 870,84, e os escriturários (cargo inicial para quem entra no banco) e caixas passariam a ganhar R$ 1.250 - antes o piso para as duas funções era de R$ 1.074,46.
Em relação do PLR (Participação nos Lucros e Resultados), os bancos propuseram pagar 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181. Outro ponto polêmico discutido na reunião foi a indenização em caso de morte ou incapacidade decorrente de assalto. Os bancos estipularam o valor de R$ 89.413,79 para esses casos.
O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, afirmou que os "avanços na proposta dos bancos é resultado direto da força da greve nacional dos bancários, principalmente nos bancos privados".
A presidente do sindicato de São Paulo, Osasco e região, Juvândia Moreira, aprovou a nova proposta e deu sinais de que a greve pode acabar nos próximos dias.
- Conseguimos arrancar dos bancos uma proposta que finalmente prevê o maior aumento real de salários e da PLR já conseguido pelos bancários, além de uma grande valorização dos pisos.
Na tarde desta segunda-feira, o Comando Nacional dos Bancários retoma tanto as negociações gerais com a Fenaban para discutir assuntos como saúde e assédio moral sobre os funcionários.
No final da semana passada, a Fenaban propôs elevar em 6,5% o salário dos bancários que ganham até R$ 4.100. Os demais trabalhadores, que recebem mais que isso, teriam um aumento fixo de R$ 266,50. A reivindicação inicial dos grevistas era aumento de 11% nos salários.
A discussão sobre o piso da categoria também avançou no sábado, quando a Fenaban aceitou elevar o salário mínimo do bancário é de R$ 1.074 para R$ 1.180 – uma alta de 9,82%. A categoria, entretanto, rejeitou tanto a proposta de aumento como a do novo piso salarial.
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