Jornal do Estado
Conferência também decide intensificar a luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas para todos
Os 629 delegados (428 homens e 201 mulheres) e 43 observadores de todo o país que participaram da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Curitiba, aprovaram na plenária final deste domingo (22) a pauta de reivindicações da Campanha 2012, que inclui reajuste de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real), piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416), PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, além de mais contratações e fim da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral. Os delegados também aprovaram como bandeira política a construção de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, na qual a sociedade possa discutir e definir qual o papel que os bancos devem desempenhar no país.
A pauta de reivindicações será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 1º de agosto. E já estão marcadas as duas primeiras rodadas de negociação, nos dias 7 e 8 e 15 e 16.
A Conferência também decidiu intensificar a luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas para todos, pela contratação da remuneração total do bancário e pela ampliação da campanha pela inclusão bancária, que assegure prestação de todos os serviços financeiros a toda a população, realizada em agências e PABs por profissionais bancários, de forma a garantir atendimento de qualidade, respeitando as normas de segurança e protegendo o sigilo bancário.
As principais reivindicações são:
- Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97%.
- PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
- Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
- Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
- Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
- Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
- Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
- Mais segurança nas agências e postos bancários.
- Previdência complementar para todos os trabalhadores.
- Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável da remuneração.
- Igualdade de oportunidades.
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