Apesar do número de empregos no setor bancário ter crescido durante a última década, hoje o total de trabalhadores representa apenas 69,4% do quadro de funcionários de 1990. Atualmente, são 508 mil bancários no país, enquanto no início da última década eram 732 mil trabalhadores. Os dados são do estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgado durante a 14ª Conferência Nacional dos Bancários, que encerrou no último domingo (22).
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Leite, a redução dos empregos, acontece principalmente em virtude das mudanças de atuação dos bancos.
“Os bancos deixam de atender a população de maneira geral. Por exemplo, para os bancos não é mais interessante o pagamento de contas, o recebimento de contas na agência bancária, eles querem que as pessoas paguem as contas fora. Eles querem o cliente que possa comprar produtos, fazer investimento.”
Juvandia explica ainda que o quadro insuficiente de funcionários tem gerado extrapolação da jornada de trabalho.
“O que a gente quer é o cumprimento dessa jornada, porque têm trabalhadores que acabam ficando muito tempo no banco. Não tem tempo para família, não tem tempo para cuidar da saúde, não tem tempo para o lazer. Para que os bancos cumpram as jornadas, eles têm que contratar mais trabalhadores.”
Entre as principais reivindicações dos bancários estão o reajuste salarial de 10,25%, piso de R$ 2,4 mil, fim da rotatividade e da terceirização, mais contratações e mais segurança nas agências e postos de atendimento.
No primeiro trimestre de 2012, o lucro dos cinco maiores bancos brasileiros chegou a mais de R$ 11 bilhões.
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