Decisão foi tomada em assembleia realizada nesta quarta-feira
Os bancários de Curitiba e região decidiram agora há pouco em assembleia, que entrarão em greve a partir da próxima terça-feira, dia 18. A assembleia aconteceu no Espaço Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e reuniu cerca de 400 trabalhadores. A deflagração da greve foi aprovada pela ampla maioria dos presentes. Sindicatos de outras cidades também aprovaram o indicativo de greve.
A decisão segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que considerou insuficiente a proposta dos bancos de reajuste de apenas 6% sobre todas as verbas salariais -, o que representa um aumento real de apenas 0,58%, menor que o índice da quase totalidade dos acordos feitos por outras categorias no primeiro semestre deste ano, que obtiveram ganhos superiores a 5% acima da inflação.
A categoria voltará a se reunir no dia 17 de setembro para avaliar uma possível nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ou organizar a greve que se iniciará no dia seguinte.
Após três rodadas de negociação, em que foram discutidos todos os itens da minuta de reivindicações dos bancários, no dia 28 de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs 6% de reajuste nos salários e demais verbas (0,58% de aumento real), incluindo a Participação nos Lucros e Resultados.. A proposta foi considerada insuficiente pelos representantes dos bancários e uma nova negociação ficou agendada para o dia 4 de setembro, quando nada de novo foi apresentado pelos banqueiros.
No dia 5 de setembro, a Contraf-CUT enviou uma carta à Fenaban informando sobre o calendário de mobilização dos bancários e reafirmando que os sucessivos resultados positivos dos bancos permitem atender às demandas dos bancários, além de se mostrar disposta a negociar. “Somente os cinco maiores bancos tiveram R$ 50,7 bilhões de lucro líquido em 2011, com uma rentabilidade de 21,2%, a maior do mundo. No primeiro semestre deste ano, as mesmas instituições apresentaram lucro líquido de R$ 24,6 bilhões, maior que em igual período do ano passado, mesmo com o provisionamento astronômico de R$ 37,34 bilhões para pagamento de devedores duvidosos, incompatível com a situação real de inadimplência”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
“Como sempre, acreditamos no diálogo e apostamos no processo de negociações, aguardamos manifestação dessa Federação com uma nova proposta até o dia 17 de setembro, para que possamos submetê-la à apreciação das assembleias.”, completa.
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