Cerca de 30 agências da região central de Curitiba ficam paralisadas até o meio-dia. Caixa eletrônicos funcionam normalmente
Os bancários realizaram manifestação na manhã desta segunda-feira (3) para pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a ceder nas negociações salariais com a classe trabalhista. Os centros administrativos dos bancos HSBC, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, além de 28 agências da região central, ficaram fechadas das 8h até o meio-dia. Depois desse horário, o atendimento voltou ao normal, conforme informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba. Os caixas eletrônicos não foram afetados.
Às 10h30, na Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba, aconteceu uma assembleia informativa da categoria. O ato informou os trabalhadores dos bancos sobre as negociações e a reunião que acontece com a Fenaban nesta terça-feira (4). As conversas para a definição de concessão de benefícios à categoria acontecem desde a semana passada. No último dia 28 e 29, os funcionários das instituições financeiras recusaram a proposta de reajuste de 6% e o atendimento de mais cinco itens da pauta de reivindicações.
Para os próximos dias, o Sindicato dos Bancários ainda não confirma novas paralisações. Conforme informações divulgadas pela assessoria de imprensa, a classe aguardará o posicionamento da Fenaban para definir se há a possibilidade de declarar greve.
Reivindicações
A pauta de reivindicações da categoria deste ano traz uma lista de reajuste salarial de 10,25%, que representa a perda da inflação mais um ganho real de 5%. Além disso, a classe quer que o piso da categoria tenha como base o salário mínimo do Dieese (R$ 2,4 mil) e participação dos lucros de três salários integrais, somados a um adional de R$ 4,9 mil. Outras reclamações são sobre rotatividade nas agências, terceirizações nos serviços, diminuição da jornada de trabalho de todos os funcionários para seis horas e mais segurança nos bancos.
Proposta
Até agora, a Fenaban se comprometeu a, além de reajustar o salário em 6%, assegurar o salário aos trabalhadores afastados por adoecimentos e implantar projeto piloto em uma cidade com sugestões de segurança dos bancários. Também há sinalização da federação para realização de um censo para medir a igualdade de oportunidades dentro dos bancos e o comprometimento de promoção de discussão sobre um programa de reabilitação profissional a pessoas afastadas.
A Fenaban, em nota, disse que "estranha a atitude precipitada e repudia paralisações com o processo de negociação seguindo o curso acordado previamente com o comando nacional dos bancários”.
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