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05/10/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 05/10/2010 às 11:09:08 - Helio Miguel
Como previsto, a maioria dos bancos do Paraná começaram a semana de portas fechadas. Em seu sexto dia de paralisação, a greve dos bancários ganhou até mais força: com a adesão de mais grevistas - entre eles funcionários do Bradesco que trabalhavam graças a uma medida judicial obtida pelo banco, mas derrubada na última sexta-feira -, mais agências amanheceram a segunda-feira sem funcionar. Só em Curitiba, são 280 agências paralisadas, sendo 110 de bancos públicos e 170 de privados, com cerca de 15 mil bancários de braços cruzados.
No Paraná, são poucas as regiões em que a greve ainda não foi iniciada. Londrina e região, por exemplo, têm 60 agências fechadas, com quase 1,4 mil bancários em greve.
Na região de Maringá, são pelo menos 48 agências fechadas e mil trabalhadores parados. Em Cascavel, 35 bancos não abriram e cerca de 900 bancários estão em greve.
Como, até ontem, a Fenaban ainda não tinha apresentado proposta formal de acordo, a situação deve se manter hoje. No final do dia, vários sindicatos promoverão assembleias, mas a maioria terá apenas caráter informativo, a não ser que haja proposta durante o dia.
Por enquanto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) vem apenas emitindo comunicados condenando ações dos bancários. Ontem, a entidade divulgou que “lamenta profundamente” a adoção dos piquetes pelos grevistas, afirmando que as práticas “ferem o direito dos cidadãos de acessar os serviços bancários essenciais, como saques e depósitos”. Entre outros fatos, a nota, divulgada nacionalmente, destacou a contratação de piqueteiros em Curitiba, por cerca de R$ 50 por dia.
A nota da Fenaban foi redigida para contestar uma denúncia do movimento grevista, divulgada também ontem, que dava conta de que os bancos estão obrigando funcionários a entrar de madrugada nas agências, para evitar piquetes.
Segundo a Federação, como em muitos prédios dos bancos existe trabalho em turno, é “normal haver gente entrando e saindo a qualquer hora”. Por outro lado, os bancários vêm contestando afirmações da Fenaban, como a que diz que a instituição respeita o direito constitucional de greve.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, diz que a utilização de interditos proibitórios demonstra que a postura dos bancos é diferente da alardeada.
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