terça-feira, 25 de setembro de 2012

Bancários ignoram liminar que ordena livre acesso

Paraná Online - Olavo Pesch



Apesar da liminar que proíbe os bancários de impedir o livre acesso de funcionários e clientes às agências do Itaú, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, o número de bancos fechados na Grande Curitiba subiu de 309, na sexta-feira, para 337. Isso representa 66% das 509 unidades de atendimento na cidade e nos municípios vizinhos e 15,2 mil trabalhadores de braços cruzados, o que corresponde a 85% do total. Em todo o Paraná, já são 636 agências fechadas e 20 mil empregados parados.

Ontem, o HSBC também conseguiu o interdito proibitório no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR). Nos mesmos moldes da decisão favorável ao Itaú, a juíza Ana Maria das Graças Veloso determinou que seja respeitado o direito de ir e vir nas agências do banco inglês. Ela fixou multa de R$ 50 mil diários em caso de descumprimento. Mas o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região ainda não havia sido notificado do despacho.

Segundo o secretário-geral da entidade, Antônio Fermino, “a expectativa é ampliar o número de agências fechadas, a não ser que haja algum fato diferente em alguma determinação judicial”. Na capital, todas as unidades do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estão sem atendimento.

Aumenta a pressão - De acordo com Antônio Fermino, há registros de problemas pontuais em todos os bancos, mas nas instituições privadas a pressão é maior. “Existe muito assédio moral. Os gerentes ligam e obrigam os funcionários a trabalhar, se não podem ser até demitidos”, relata. Conforme o sindicalista, apesar de algumas dificuldades específicas, a manutenção do autoatendimento tem evitado maiores transtornos aos clientes.

Os bancários pedem 10,25% de reajuste salarial, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 6%, antes da paralisação iniciar. A categoria aguarda nova proposta dos banqueiros

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