A greve dos bancários deste ano caminha para a mesma duração do ano passado, ou mais. Em 2011, foram 21 dias de paralisação. Agora, a greve entra em seu sétimo dia sem nenhuma previsão de acordo entre trabalhadores e banqueiros. Não houve nova proposta na última sexta-feira (21), como a categoria previa com a presença do Comando Nacional em São Paulo. A advertência de que vamos intensificar a greve a partir dessa semana foi feita pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, ao final da reunião do Comando Nacional realizada nesta sexta-feira 21 para avaliar a paralisação.
De acordo com o último levantamento do Sindicato dos Bancários de Curitiba, 100% das agências da Caixa e do Banco do Brasil continuam fechadas na capital e a maioria das agências dos bancos públicos estão fechadas nas demais cidades da base. Na última sexta-feira, quase 60% das agências de Curitiba e região estavam fechadas, o que representa 309 agências bancárias em Curitiba e região. O total estimado de bancários em greve é de 14.680, número que representa 80% da categoria.
Das 309 agências em greve, 227 estão em Curitiba e 82 na RMC. Os 13 centros administrativos da capital permanecem em greve.
Em todo o Brasil, 9.092 agências e centros administrativos estão fechados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço da Contraf-CUT a partir das informações passadas até às 18h de sexta pelos 123 sindicatos e dez federações que integram o Comando Nacional.
Na terça-feira 18, primeiro dia da paralisação, 5.132 agências haviam sido fechadas, saltando para 7.324 no segundo dia e 8.527 na quinta-feira. Já no quarto dia de paralisação no ano passado, 7.865 agências haviam sido fechadas.
Na reunião desta sexta, o Comando Nacional avaliou que o crescimento da greve é consistente em todo o país, principalmente nos bancos privados, e orientou os sindicatos a intensificarem a mobilização em todas as bases, de forma a forçar a Fenaban a romper o silêncio e retomar as negociações.
A federação dos bancos apresentou a primeira e única proposta, com 6% de reajuste (0,58% de aumento real), no dia 28 de agosto. No dia 5 de setembro, a Contraf-CUT enviou carta à Fenaban para reafirmar que estava aberta à retomada das negociações e reivindicava a apresentação de uma nova proposta, mas até hoje não obteve resposta.
"Os bancos erraram ao apostarem no fracasso da paralisação. A resposta dos trabalhadores está aí, com uma greve ainda mais forte que nos anos anteriores", conclui Carlos Cordeiro.
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