quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Bancos funcionam normalmente em Curitiba na volta da greve

Gazeta do Povo Online


As agências bancárias de Curitiba tiveram as portas reabertas depois da greve dos bancários que durou nove dias. O anúncio da volta ao trabalho ocorreu na noite desta quarta-feira (26), depois da realização de assembleias regionais feitas por bancos privados e públicos. A expectativa das entidades representantes da classe trabalhista é de que todos os bancos tenham atendimento normal durante o dia no estado.
Em Curitiba, a reportagem entrou em contato com agências de bancos públicos e privados da região central, a mais afetada pela paralisação, que chegou a ter adesão de 636 agências e 20 mil funcionários no estado. Funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil informaram que as agências funcionam normalmente, com movimento um pouco acima do normal, mas sem grandes filas.
Entre instituições privadas contatadas pela reportagem, Itau, HSBC, Santander e Bradesco também têm funcionamento normal. Os bancários, de acordo com trabalhadores das agências, abriram as portas e enfrentam um movimento normal de final de mês.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de Curitiba, não foram registrados filas ou tumultos nesta retomada do trabalho depois da greve. A entidade analisa que a paralisação de apenas nove dias – bem menor que a ocorrida em 2011, quando os bancos fecharam por 21 dias – é a causa de não haver grande movimento nos bancos nesta quinta-feira (27).
A Federação dos Bancários do Paraná aponta que todos os bancos do estado voltaram ao trabalho nesta manhã. A situação no estado de volta total ao trabalho é diferente da encontrada em agências da Caixa Econômica Federal (CEF) do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, além dos Estados do Pará, Ceará, Bahia e Sergipe. As agências da Caixa deste locais permanecem fechadas ainda sem previsão de normalização do atendimento.
Resultado da greve
O reajuste proposto pela Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) aceito pelos bancários eleva para 7,5% o índice de reajuste dos trabalhadores (aumento real de 2.02%) e para 8,5% o aumento do piso salarial indo para R$ 1.519, assim como os auxílios-refeição e alimentação (ganho real de 2,95%). A proposta também prevê reajuste de 10% na participação de lucros e resultados (PLR).
Para Dias, o resultado da greve foi positivo, porque os bancários conseguiram índices satisfatórios de reajuste salarial, em um período de greve menor do que o do ano passado. "Conseguimos obter uma boa proposta, em um tempo curto. Um setor que tem ganhos astronômicos deve tratar os trabalhadores de uma melhor forma", disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário