As agências bancárias de Curitiba tiveram as portas reabertas depois da greve dos bancários que durou nove dias. O anúncio da volta ao trabalho ocorreu na noite desta quarta-feira (26), depois da realização de assembleias regionais feitas por bancos privados e públicos. A expectativa das entidades representantes da classe trabalhista é de que todos os bancos tenham atendimento normal durante o dia no estado.
Em Curitiba, a reportagem entrou em contato com agências de bancos públicos e privados da região central, a mais afetada pela paralisação, que chegou a ter adesão de 636 agências e 20 mil funcionários no estado. Funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil informaram que as agências funcionam normalmente, com movimento um pouco acima do normal, mas sem grandes filas.
Entre instituições privadas contatadas pela reportagem, Itau, HSBC, Santander e Bradesco também têm funcionamento normal. Os bancários, de acordo com trabalhadores das agências, abriram as portas e enfrentam um movimento normal de final de mês.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de Curitiba, não foram registrados filas ou tumultos nesta retomada do trabalho depois da greve. A entidade analisa que a paralisação de apenas nove dias – bem menor que a ocorrida em 2011, quando os bancos fecharam por 21 dias – é a causa de não haver grande movimento nos bancos nesta quinta-feira (27).
A Federação dos Bancários do Paraná aponta que todos os bancos do estado voltaram ao trabalho nesta manhã. A situação no estado de volta total ao trabalho é diferente da encontrada em agências da Caixa Econômica Federal (CEF) do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, além dos Estados do Pará, Ceará, Bahia e Sergipe. As agências da Caixa deste locais permanecem fechadas ainda sem previsão de normalização do atendimento.
Resultado da greve
O reajuste proposto pela Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) aceito pelos bancários eleva para 7,5% o índice de reajuste dos trabalhadores (aumento real de 2.02%) e para 8,5% o aumento do piso salarial indo para R$ 1.519, assim como os auxílios-refeição e alimentação (ganho real de 2,95%). A proposta também prevê reajuste de 10% na participação de lucros e resultados (PLR).
Para Dias, o resultado da greve foi positivo, porque os bancários conseguiram índices satisfatórios de reajuste salarial, em um período de greve menor do que o do ano passado. "Conseguimos obter uma boa proposta, em um tempo curto. Um setor que tem ganhos astronômicos deve tratar os trabalhadores de uma melhor forma", disse.
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