quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Bancários em greve por tempo indeterminado

Paraná Online
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29/09/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 29/09/2010 às 01:20:09
Magaléa Mazziotti

Bancários de todo País entram em greve a partir da zero hora desta quarta-feira por tempo indeterminado. Em Curitiba e região me-tropolitana, a decisão foi referendada em assembleia na noite de ontem.

Os 1,2 mil trabalhadores presentes confirmaram a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pela paralisação. ssim como nos anos anteriores, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, os clientes poderão contar com os serviços bancários de autoatendimento realizados via caixas eletrônicos e Internet Banking.

Também está assegurada por lei a compensação bancária. “Nosso intuito não é prejudicar a população e, sim, agilizar a reabertura da negociação salarial junto à Federação Nacional do Bancos (Fenaban)”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias.

“Como ocorre em todas as mobilizações, nosso objetivo é, dentro da legalidade do movimento de greve, pressionar a Fenaban a apresentar o quanto antes uma proposta razoável para a nossa categoria”, reforçou o presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (Fetec-PR), Elias H. Jordão.
Depois de cinco rodadas de negociação a Fenaban apresentou, no dia 22 deste mês, a proposta de reposição salarial de 4,29% (pelo INPC), que repõe a inflação do período. A categoria reivindica 11%.

Reivindicações

“Os bancos consideram muito os 11%, que é a reposição referente aos últimos 12 meses, mas não dizem que é muito cobrar mais de 100% ao ano de juros no cheque especial, quando a inflação não passa de 5%, ou mesmo obter mais de 30% de lucro em apenas três meses”, questionou Jordão.

Segundo ele, a Fenaban também ignorou os demais itens das reivindicações, como saúde e condições de trabalho. “Reconheceram o problema durante as negociações, mas não apresentaram uma solução”, contou. O dirigente também aponta descaso com a preservação do funcionário. “Eles querem ter a liberdade de continuar a rotatividade do setor, demitindo funcionários com salários mais altos e contratando com salário inferior”.

O dirigente do Sindicato dos Bancários de Toledo e região, João Carlos Padilha, lembrou, ainda, que outras categorias já obtiveram, neste ano, índices muito bons de reajuste, como, recentemente, os metalúrgicos. “Somente com a greve por tempo indeterminado poderemos arrancar um índice que merecemos”, defendeu.

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