Sindicalistas já avaliam que movimento terá forte adesão neste ano – em 2011, os profissionais que atuam nos bancos pararam por 21 dias
No ano passado, a paralisação nacional durou 21 dias e, para este, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região espera que o movimento tenha forte adesão entre os 30,8 mil bancários que trabalham nas 1.537 agências no estado – apenas na Grande Curitiba são 509 unidades, onde atuam 17,9 mil profissionais.
“Não existe reunião agendada com os banqueiros e nem um indicativo para isso. A insatisfação é grande em todo o país, por isso a aposta na greve é muito forte”, salienta Otávio Dias, presidente do sindicato local.
Os bancários pedem um reajuste salarial de 10,25% (ganho real de 5%), piso salarial equivalente ao calculado pelo Dieese, no valor de R$ 2.416,38 (contra os atuais R$ 1,4 mil), participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários, elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13.ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
Eles buscam ainda mais contratações, proteção contra demissões sem motivos e fim da rotatividade, além de mais segurança. Por outro lado, a proposta dos banco era de reajuste de 6% (0,58% de aumento real) e foi recusado pelos bancários na última semana.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional de Greve, Carlos Cordeiro, informou nesta segunda-feira que a expectativa é que a paralisação dos bancário seja longa. Procurada pela reportagem, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, por meio de nota, que não tinha “nada a comentar” sobre a greve dos bancários nesta segunda-feira e que “talvez” tivesse um posicionamento na manhã de hoje.
Evite problemas
Durante a greve dos bancários, algumas recomendações, válidas para clientes de todos os bancos, podem ajudar a minimizar os efeitos da paralisação
• Procure serviços alternativos para efetuar transações financeiras, como lotéricas, farmácias e serviços bancários online/telefônicos. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, o consumidor pode fazer o pagamento de contas nos estabelecimentos desde que seja somente em dinheiro.
• Para os boletos que podem ser pagos apenas em um banco, a empresa que emite a conta deve ser procurada para saber como proceder ante possíveis atrasos.
• No caso de um cliente ter prejuízo, uma das ações é procurar a ouvidoria dos bancos.
• Se a falta de resposta da instituição financeira persistir, o consumidor pode procurar o Procon.
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