Os bancários prometem entrar em greve nacional a partir de amanhã, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que aguarda um contato da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) até às 19h desta segunda-feira (17). A data-base da categoria é 1º de setembro.
Segundo o sindicato, as entidades patronais não entraram em contato nem fizeram uma contraproposta após decisão de paralisação obtida em assembleias pelo país na quarta-feira (12). Procurada, a Fenaban informou que não tem nada a comentar, mas que talvez no final da tarde ou amanhã tenha um posicionamento.
Os banqueiros oferecem reajuste de 6% (aumento real de 0,58%) e os bancários não concordaram com a proposta. A categoria reivindica reajuste de 10,25% (aumento real de 5%). No ano passado, eles conseguiram aumento real de 1,5%.
Além dos 10,25%, os bancários pedem PLR (participação nos lucros e resultados) de três salários mais R$ 4.961,25, que o setor adote o salário mínimo do Dieese, de R$ 2.416,38, e vale alimentação de R$ 622, entre outras reivindicações.
De acordo com o sindicato dos bancários, o setor tem mais de 21 mil agências e cerca de 500 mil trabalhadores no país.
No ano passado, os bancários cruzaram os braços durante 21 dias, sendo aquela a greve do setor que contou com participação recorde da base, que hoje conta com cerca de 508 mil bancários.
O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Murilo Portugal, disse na sexta-feira (14) que a entidade tinha até hoje para negociar com os bancários em vários Estados.
"Continuamos intensamente em processo de negociação. O interesse é evitar a paralisação, que não é boa para os bancos, nem para os bancários e muito menos para a população", afirmou. Portugal não comentou qual pode ser a contraproposta dos bancos.
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