Paraná Online - Claudia Palaci
Cerca de 13 mil bancários cruzaram os braços na manhã de ontem em Curitiba e região. O atendimento em 212 agências (41% do total) e em 13 centros administrativos foi suspenso. As agências do Banco Popular também pararam. Os problemas mais comuns enfrentados pela população foram caixas eletrônicos inoperantes e falta de envelopes para depósito no autoatendimento. Assuntos que dependem de negociação ou autorização não puderam ser resolvidos. A categoria decretou greve por tempo indeterminado.
Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Guarapuava, Paranaguá, Paranavaí, Umuarama, Apucarana, Cornélio Procópio e Campo Mourão também ficaram sem atividade bancária. Em todo o Estado, 400 agências pararam e a tendência é este número subir, conforme perspectivas da Federação dos Bancários do
Paraná. Foz do Iguaçu resolve hoje se adere ao movimento.
Autoatendimento - O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região acusa a superintendência do Itaú de impedir o funcionamento de algumas agências e não permitir o uso do autoatendimento, apesar de as entradas desbloqueadas e de nenhum funcionário ter sido impedido de trabalhar. A assessoria de imprensa do banco explica que diversas operações do autoatendimento dependem de atividade humana para a efetiva conclusão, como o recolhimento de envelopes de depósito. Logo, nos locais onde o sindicato não permitir a entrada de funcionários, o serviço estará indisponível.
Dica é buscar alternativas - O Procon-PR orienta que o consumidor deve procurar alternativas para pagar as contas e depósitos, como internet, lotéricas e caixas eletrônicos. Em caso de qualquer prejuízo devido à falta do serviço bancário, reclamação formal deverá ser registrada no órgão de defesa.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirmou em nota oficial que lamenta a decisão pela greve e confia no diálogo para a construção da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria na mesa de negociações. A entidade não se pronunciou sobre acordos com os grevistas. Os trabalhadores recusaram a
proposta da Fenaban de reajuste salarial de 6%. Para retomar as atividades, os bancários exigem aumento de 10,25%, melhores condições de trabalho, novas contratações, garantia de emprego e segurança eficiente.
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