Paraná Online - Olavo Pesch
Sem nova proposta patronal, os bancários entram hoje em greve por tempo indeterminado. “Como nas últimas campanhas, esperamos forte adesão na região de Curitiba e em todo o Paraná”, aposta o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias. Segundo o sindicalista, a duração do movimento vai depender da pressa dos banqueiros na retomada das negociações. No ano passado, a paralisação durou 21 dias.
“Em função da alta lucratividade dos bancos, havia a expectativa de se resolver a pauta sem greve, mas como existe insatisfação muito grande e não há nenhum indicativo de negociação, a greve pode ser longa”, avisa Dias. A categoria pede 10,25% de aumento, incluindo 5% de ganho real, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 6%.
A paralisação foi aprovada na quarta-feira passada. Na noite de ontem, nova assembleia foi realizada para organizar o movimento. De acordo com Dias, a ideia é manter o autoatendimento aberto para saques e pagamentos. “O objetivo da greve não é prejudicar a população, mas retomar a negociação”. A paralisação começa pelas agências da região central e de alguns bairros e atingirá também centros administrativos.
“Tradicionalmente, a adesão vai crescendo gradativamente, mas esperamos chegar ao maior número de bancos paralisados já no primeiro dia”, antecipa o sindicalista.
Operações - A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não se pronunciou sobre a greve. Apenas informou que a população tem à disposição uma série de canais para fazer suas operações bancárias a qualquer hora do dia, como caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking (banco no celular), por telefone e correspondentes - casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
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