terça-feira, 4 de outubro de 2011

Greve dos bancários fecha mais de 600 agências no PR

Folha de Londrina - Andréa Bertoldi


No Estado, paralisação tem a adesão 14,8 mil trabalhadores, cerca 60% da categoria


Curitiba - Hoje, a greve dos bancários entra no oitavo dia. Ontem, estavam fechadas 616 agências no Estado todo ou 44% do total. O número é o dobro do primeiro dia de paralisação quando cerca de 300 agências estavam com as portas fechadas. Cerca de 60% da categoria, o que significa 14,8 mil trabalhadores estavam de braços cruzados.

Curitiba e Região Metropolitana tinham ontem o maior número de agências fechadas (265) e mais oito centros administrativos, seguida de Londrina (66) e das regiões de Umuarama (65), Apucarana (35), Arapoti (32), Campo Mourão (29), Cornélio Procópio (38), Guarapuava (30), Paranavaí (30) e Toledo (28).

Na Capital e Região, 9.800 bancários de um total de 17.900 estavam em greve ontem. Na sexta-feira, eram 285 agências de portas fechadas. Segundo informações da assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, o número de agências diminuiu porque dois conseguiram interditos proibitórios. Com isso, estas duas empresas permaneceram com todas as suas unidades abertas em Curitiba.

Ainda ontem, os bancários assaram sardinha em frente a uma agência do Bradesco, no Centro de Curitiba, em protesto contra os interditos que impedem piquetes em frente ao banco. O peixe foi distribuído para as pessoas que passavam pelo local.

No final da tarde, os bancários de Curitiba fizeram uma assembleia para avaliar a primeira semana de greve e organizar a continuidade da mobilização, que deve ser ampliada em todo o Brasil nos próximos dias. De acordo com o sindicato de Curitiba, a greve deve ser mantida enquanto a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não apresentar uma nova proposta.

Ontem, o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, participou de uma reunião na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro (Contraf), em São Paulo, para avaliar a greve e definir os rumos do movimento. Ele foi procurado pela reportagem, mas não retornou as ligações.

Os bancários pedem reajuste salarial de 12,8% e a Fenaban ofereceu 8%. A categoria reivindica ainda que o vale-alimentação e o vale-refeição sejam reajustados pra R$ 545 cada um. Os valores atuais são de R$ 311 e R$ 363, respectivamente.

Outro pedido é para que o salário inicial seja de R$ 2.297,51 para todos os bancários. Hoje, varia de acordo com a função, ou seja, R$ 1.451,80 para caixa, R$ 1.140,13 para escriturário e R$ 794,98 para portaria. A categoria quer receber também Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de R$ 4,5 mil e mais três salários.

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