quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Paralisação completa 10 dias

Bem Paraná


Repentistas e sindicalistas percorrem agências em protesto (foto: Valquir Aurelianao)


A greve nacional dos bancários completa hoje 10 dias. Ontem, em Curitiba e região são 288 agências fechadas e oito centros administrativos. Na capital, estão fechadas todas as agências do Banco do Brasil e da Caixa e, ainda, algumas agências de bancos privados como Itaú e Santander. Todas as agências do HSBC e Bradesco estão abertas por força de interditos proibitórios. Somente em Curitiba, bancários de 207 agências estão em greve.

Como não há nenhuma contraproposta dos bancários, ontem repentistas e sindicalistas percorreram o centro de Curitiba e várias agências bancárias. Na agência do Bradesco — um dos bancos que ganhou na Justiça o direito de proibir piquetes e abrir normalmente —, o grupo fez uma apresentação, em versos ritmados, das reivindicações dos bancários que lutam por melhores salários e condições de trabalhos mais dignas.

Ontem um estudo revelou que a rotatividade nos bancos reduziu os salários entre admitidos e desligados em 38,39% no primeiro semestre deste ano. O levantamento foi feito divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).Segundo a pesquisa, a remuneração média dos desligados foi de R$ 4.054,14, enquanto que a dos admitidos ficou em R$ 2.497,79. Os bancos fizeram 30.537 admissões e 18.559 desligamentos no período. Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, a diferença nos salários entre admitidos e desligados é “perversa para a categoria, pois piora a qualidade do emprego e da renda e só favorece os bancos”.A pesquisa foi feita com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

A greve começou na última terça-feira (27), após a rejeição da proposta de reajuste de 8% apresentada pela federação dos bancos, que representa 0,56% de aumento real. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mais contratações, entre outros pontos. (AE)

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