Folha de Londrina - Andréa Bertoldi
Curitiba - A greve dos bancários, que já dura nove dias, deve ser intensificada no Paraná, segundo adiantou o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias. Segundo ele, esta foi a orientação do comando nacional de greve em uma reunião que aconteceu na última segunda-feira na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro (Contraf), em São Paulo.
O sindicalista disse que, por enquanto, não há nenhum indicativo de que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) irá retomar as negociações. ''Vamos dialogar com os bancários para que a mobilização cresça ainda mais'', afirmou. Hoje de manhã, os bancários pretendem fazer uma manifestação no centro da Capital. ''Não queremos atingir a população (com a greve), mas os bancos'', declarou.
De acordo com o sindicato, a greve foi ampliada nos bairros e na Região Metropolitana de Curitiba. Ontem, eram 81 agências fechadas em Quatro Barras, Campo Largo, Fazenda Rio Grande, Colombo, São José dos Pinhais, Pinhais e Piraquara, todas na Região Metropolitana. A mobilização também se alastrou pelos bairros e atingiu o Juvevê, Santa Felicidade, Hauer e Boqueirão.
No Estado, o número de agências fechadas também cresceu mais em relação ao início da semana. Ontem, estavam fechadas 659 agências contra 616 na segunda-feira. Cerca de 15 mil bancários, ou 63% do total de 23.900, estão em greve.
Estão parados bancários das regiões de Apucarana (40 agências), Arapoti (37), Campo Mourão (26), Cornélio Procópio (38), Curitiba e região (286) e mais oito centros administrativos, Guarapuava (36), Londrina (79), Paranavaí (25), Toledo (28) e Umuarama (66). Na Capital, as agências de dois bancos privados continuaram abertas com base em liminares judiciais.
Hoje, o sindicato de Curitiba realiza assembleia da categoria. Mas a reunião só será deliberativa caso a Fenaban apresente uma nova proposta.
Os bancários pedem reajuste salarial de 12,8% e a Fenaban ofereceu 8%. A categoria reivindica ainda que o vale-alimentação e o vale-refeição sejam reajustados pra R$ 545 cada um. Os valores atuais são de R$ 311 e R$ 363, respectivamente. Outro pedido é que o salário inicial seja de R$ 2.297,51. Hoje varia de acordo com a função, ou seja, R$ 1.451,80 para caixa, R$ 1.140,13 para escriturário e R$ 794,98 para portaria. A categoria quer receber também Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de R$ 4,5 mil e mais três salários. A paralisação da categoria começou no dia 27 de setembro.
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