Rádio Banda B
O primeiro dia da greve dos bancários, nesta terça-feira (27), teve a adesão em Curitiba e região metropolitana de 11,6 mil funcionários, o que corresponde a 64% dos 18 mil empregados da região. A informação foi repassada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana. Segundoo levantamento, 114 agências (24,41%), de 467, e 13 centros administrativos fecharam nesta terça-feira, o que representa uma em cada quatro agências. Um novo balanço deverá ser divulgado hoje (28).
A maioria das agências fechadas estava nos bairros Centro Cívico, Portão, Mercês, Pinheirinho e Bacacheri. Neste primeiro dia de paralisação por tempo indeterminado dos bancários de todo Brasil, praticamente todas as agências do Banco do Brasil de Curitiba foram fechadas. A única agência que continua prestando atendimento à população é a localizada no bairro Hugo Lange, segundo o sindicato. Das 82 unidades dos bancos privados que não estavam funcionando, 34 eram do Banco Itaú.
Representante das instituições financeiras nas negociações salariais com os bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) divulgou nota em que classifica de "fora de propósito" a greve dos bancários. A entidade destaca sua última proposta, de reajuste de 8% - 0,56% de aumento real -, e afirma que ela contempla o oitavo ano consecutivo de correção de salário com aumento acima da inflação. O valor, no entanto, frustrou os bancários, que querem ao menos 12,8% de aumento total.
Como pagar as contas:
Diante da greve dos bancários por reajuste salarial, a PROTESTE Associação de Consumidores divulgou nota orientando os consumidores a utilizar meios alternativos para quitar seus compromissos. Segundo a Associação, o consumidor não pode se valer da greve para protelar os pagamentos. Por isso, deve ficar alerta à data de vencimento das contas, e procurar um meio alternativo para quitá-las, evitando-se, assim, problemas futuros.
Quem tem conta para pagar e não dispõe de cartão para uso do caixa eletrônico, pode recorrer às agências lotéricas e até lojas de departamentos que aceitam a quitação de diversas contas. Mas o cliente que precisa sacar dinheiro na boca do caixa deve entrar em contato por telefone com o banco e solicitar uma alternativa.
Quem movimenta a conta pela internet - nos sites dos bancos - ou nos caixas eletrônicos, não deve ser afetado pela paralisação, pois esses serviços devem continuar a funcionar normalmente.
Para as pessoas que têm contas atrasadas de tarifas públicas como água, telefone, e energia elétrica, a PROTESTE orienta ligar para as empresas e negociar uma forma de pagamento. São contas que podem ser quitadas em qualquer banco, já que o cálculo de taxas de multas é acordado com a própria empresa que presta o serviço.
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) poderão retirar, como de costume, o dinheiro nos caixas eletrônicos. Entretanto, os aposentados e pensionistas que recebem pela Caixa Econômica Federal só poderão retirar o benefício nas casas lotéricas.
O serviço de compensação bancária é considerado atividade essencial pela legislação brasileira e não pode sofrer qualquer paralisação. Portanto, cheques e DOCs devem ter a compensação nos prazos normais estipulados pelo Banco Central.
Meios normais e alternativos para atendimento:
Terminais de auto atendimento/caixas eletrônicos/rede Banco 24 Horas: depósitos, pagamentos, saques, transferências, DOCs, retiradas de talonários de cheques, créditos de celulares, etc.
Bankfones e internet banking: por esses canais (telefone e internet) é possível realizar quase todos os tipos de operações bancárias, inclusive empréstimos.
Serviços de Atendimento ao Cliente – SAC dos bancos: geralmente são números de discagem gratuita (0800), que deverão informar qual a agência ou posto bancário ativo nas proximidades da localidade do consumidor e outras informações.
Convênios com estabelecimentos comerciais: alguns bancos têm convênios com lotéricas (Caixa Econômica Federal), Correios (Bradesco), supermercados Extra, Compre Bem, Pão de Açúcar e Barateiro (Banco do Brasil), e algumas lojas de departamento e drogarias, onde se pode pagar contas de consumo (água, telefone, energia elétrica, gás, etc.), entre outros serviços. O consumidor pode se dirigir a esses estabelecimentos e consultar quais os serviços disponibilizados no local.
Débitos automáticos – Os débitos em conta corrente (débitos automáticos) são de responsabilidade exclusiva dos bancos, devendo ser efetuados regularmente, desde que haja saldo na conta.
Conta-salário – Só recebe créditos da empresa ou fonte pagadora e não pode ser utilizada para débitos decorrentes da quitação de contas de consumo, títulos, boletos bancários, impostos e taxas. Não é movimentável por cheques, mas apenas por cartão magnético, nas agências do banco e nos equipamentos de autoatendimento internos e externos. Portanto, as pessoas não podem ser impedidas de ter acesso ao seu salário, que tem, por lei, caráter alimentar.
Pagamentos só aceitos em um único banco – todos os bancos devem propiciar aos consumidores os meios para a utilização de todos os serviços.
Cobranças pré-agendadas e não efetuadas – Nesses casos, os consumidores têm direito a pedir ressarcimento por perdas e danos sofridos e comprovados. O banco tem que arcar com os prejuízos.
No caso de condomínio, aqueles que necessitarem efetuar o pagamento da cota condominial por boleto bancário e não encontrarem meios para fazê-lo devem fazer contato com a empresa administradora do condomínio ou, na ausência desta, o próprio síndico, para que estes recebam a cota condominial devida.
O consumidor está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor para responsabilizar o estabelecimento caso seja penalizado com cobrança de multa e juros em casos se não tiver, de forma alguma, como fazer o pagamento em consequência da greve.
A PROTESTE orienta, nessa situação, que seja formalizada a reclamação, por meio de uma carta para o banco, aos cuidados do gerente, relatando os fatos e requerendo as providências cabíveis queixa junto ao Banco Central do Brasil (ligue: 0800-979-2345), além de procurar os órgãos de defesa do consumidor e o promotor de Justiça da sua cidade.
Se é o olho do Dono que engorda o cavalo...Por quê esta dando "piti" no Pitti? Lá no CSO do Palladium.
ResponderExcluirSe é o olho do Dono que engorda o cavalo, porque ele reage quando seus emrpegados entram em greve? Como é que o "dono" de uma Centro de Suporte Operacional, por exemplo, tem lucro no ATB que ele não administra com respeito aos seus colegas?
Há alguns dias, fumávamos, bebíamos e conversávamos num bar quando a revolução, ou melhor, o conservadorismo entrou em pauta. Perguntou-se porque os trabalhadores não faziam a revolução e mudavam radicalmente o mundo, acabando com a exploração, a opressão, a miséria e a ignorância. Abstraindo que a classe exploradora é unida e organizada e mantém a força bruta para reagir a qualquer tentativa de mudança do mundo, de forma a manter seus privilégios intactos, surgiram duas razões pelas quais os trabalhadores não viram a mesa.
Um dos motivos para que os trabalhadores não fazerem a revolução seria o seu não conhecimento dos mecanismo de exploração, que é velada no modo de produção capitalista, ao contrário dos modos de produção que o antecederam, nos quais a exploração era escancarada, como na escravidão e no feudalismo. Eu discordei dessa explicação para a manutenção dos privilégios dos exploradores, dizendo-lhes que sempre que eu vou a um banco, na hora do pagamento, eu digo ao caixa: "Oh, Você que é o dono desse banco, faça um desconto de 60% prá mim". Então o caixa, sobe o olhar com um sorriso de sarcasmo do do colega caixa ao lado responde: "Se eu fosse dono desse banco, você acha que eu estaria aqui?" Ou seja, os trabalhadores sabem que a riqueza do patrão não deriva do seu trabalho, mas do trabalho alheio. Eles não fazem a revolução porque têm a esperança de um dia deixarem de ser explorados - são os escravos com o olho do dono - e passarem a ser exploradores. Infelizmente, o empregado passar a ser patrão é uma exceção, não a regra. Praticametne, não existe mobilidade social no capitalismo.
Aí um sujeito da mesa ao lado entrou na conversa, afirmando que 'é o olho do dono que engorda o cavalo'. Nós lhe pergutamos porque,se é o olho do dono que engorda o cavalo, porque o empresário reage quando seus empregados fazem greve? Porque ele não continua de olho no seu cavalo? Porque um executivo de uma rede bancária, por exemplo, extrai lucro de todas as agências, e não apenas daquele que ele administra diretamente?
Claro que ele teve que engolir o que disse. Não é o olho do dono que engorda o cavalo. O cavalo do capitalista é gordo porque ele trata o trabalhador como um cavalo, pois, diz Marx, "assim como um cavalo, [o trabalhador] deve receber somente o que precisa para ser capaz de trabalhar. A economia política não se ocupa dele no seu tempo livre como homem, mas deixa este aspecto para o direito penal, os médicos, a religião, as tabelas estatísticas, a política e o funcionário de manicômio".
Anteriormente a Marx, Adam Smith já tinha constatado que o salário pago ao operário não era suficiente para ele comprar tudo o que ele produziu, portanto, a riqueza do capitalista provinha, como de fato provém, do trabalho não pago ao trabalhador
Antonio, o Bento.