quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bancários vão ao trabalho de helicóptero para escapar da greve

Paraná Online - Karla Losse Mendes



Vários funcionários do banco HSBC estão sendo transportados de helicóptero para o centro administrativo da empresa no bairro Xaxim nesta quarta-feira (28). De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a medida foi tomada pela empresa para escapar dos bloqueios nos portões feitos pela categoria.

Os bancários declararam greve ontem e 299 agências em todo o Paraná permaneceram fechadas. Hoje, a tendência é que o número seja ampliado.

O sindicato alega que impedir o acesso aos prédios é a única forma de garantir que os trabalhadores de bancos privados possam aderir à greve, uma vez que os funcionários temem ser demitidos caso participem da paralisação.

Ao todo, funcionários de 13 centros administrativos estão tendo o acesso proibido. São quatro centros do HSBC, quatro do Banco do Brasil, dois da Caixa Econômica Federal, um do Santander, um do Itaú e um do Bradesco.

Ainda segundo o sindicato, apenas o HSBC faria o transporte dos funcionários por helicóptero. Outros  bancos adotariam medidas chamadas contingenciamento, que seria a transferência dos funcionários para trabalhar em outros prédios.

Um comentário:

  1. Se é o olho do Dono que engorda o cavalo...Por quê esta dando "piti" no Piti? Lá no CSO do Palladium.



    Se é o olho do Dono que engorda o cavalo, porque ele reage quando seus emrpegados entram em greve? Como é que o "dono" de uma Centro de Suporte Operacional, por exemplo, tem lucro no ATB que ele não administra com respeito aos seus colegas?


    Há alguns dias, fumávamos, bebíamos e conversávamos num bar quando a revolução, ou melhor, o conservadorismo entrou em pauta. Perguntou-se porque os trabalhadores não faziam a revolução e mudavam radicalmente o mundo, acabando com a exploração, a opressão, a miséria e a ignorância. Abstraindo que a classe exploradora é unida e organizada e mantém a força bruta para reagir a qualquer tentativa de mudança do mundo, de forma a manter seus privilégios intactos, surgiram duas razões pelas quais os trabalhadores não viram a mesa.

    Um dos motivos para que os trabalhadores não fazerem a revolução seria o seu não conhecimento dos mecanismo de exploração, que é velada no modo de produção capitalista, ao contrário dos modos de produção que o antecederam, nos quais a exploração era escancarada, como na escravidão e no feudalismo. Eu discordei dessa explicação para a manutenção dos privilégios dos exploradores, dizendo-lhes que sempre que eu vou a um banco, na hora do pagamento, eu digo ao caixa: "Oh, Você que é o dono desse banco, faça um desconto de 60% prá mim". Então o caixa, sobe o olhar com um sorriso de sarcasmo do do colega caixa ao lado responde: "Se eu fosse dono desse banco, você acha que eu estaria aqui?" Ou seja, os trabalhadores sabem que a riqueza do patrão não deriva do seu trabalho, mas do trabalho alheio. Eles não fazem a revolução porque têm a esperança de um dia deixarem de ser explorados - são os escravos com o olho do dono - e passarem a ser exploradores. Infelizmente, o empregado passar a ser patrão é uma exceção, não a regra. Praticametne, não existe mobilidade social no capitalismo.

    Aí um sujeito da mesa ao lado entrou na conversa, afirmando que 'é o olho do dono que engorda o cavalo'. Nós lhe pergutamos porque,se é o olho do dono que engorda o cavalo, porque o empresário reage quando seus empregados fazem greve? Porque ele não continua de olho no seu cavalo? Porque um executivo de uma rede bancária, por exemplo, extrai lucro de todas as agências, e não apenas daquele que ele administra diretamente?

    Claro que ele teve que engolir o que disse. Não é o olho do dono que engorda o cavalo. O cavalo do capitalista é gordo porque ele trata o trabalhador como um cavalo, pois, diz Marx, "assim como um cavalo, [o trabalhador] deve receber somente o que precisa para ser capaz de trabalhar. A economia política não se ocupa dele no seu tempo livre como homem, mas deixa este aspecto para o direito penal, os médicos, a religião, as tabelas estatísticas, a política e o funcionário de manicômio".

    Anteriormente a Marx, Adam Smith já tinha constatado que o salário pago ao operário não era suficiente para ele comprar tudo o que ele produziu, portanto, a riqueza do capitalista provinha, como de fato provém, do trabalho não pago ao trabalhador

    Antonio, o Bento.

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