A greve dos bancários ganhou força no segundo dia de paralisações em todo o Paraná. De acordo com os dados da Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Paraná (Fetec-Cut) e Sindicato dos Bancários de Curitiba, as agências fechadas saltaram de 299 no primeiro dia para 503 ontem, um aumento na adesão de 68%. Em Curitiba, o número de agências fechadas saltou de 114 para 241, o que corresponde a 14,8 mil bancários paralisados em toda a Região Metropolitana. Já em Londrina, mais dez agências ingressaram no movimento e agora totalizam 60. Até ontem a tarde, 36% das 1.375 agências do Paraná estavam fora de operação.
De acordo com Otávio Dias, presidente do Sindicato de Curitiba, já havia a expectativa de que a adesão dos trabalhadores aumentasse. ''Os números são expressivos e devem continuar crescendo''. O sindicalista comenta ainda que até agora não houve nenhum indicativo que a mesa de negociações em São Paulo seja retomada. ''Até agora, os banqueiros só se manifestaram com faláceas. Esperamos que eles tenham responsabilidade e façam propostas interessantes daqui para frente, mas pelo que estamos sentindo, a greve deve ser longa'', decreta.
Além da capital, diversas cidades do interior do Estado ganharam a adesão de mais trabalhadores no segundo dia de manifestação. Na região de Cornélio Procópio, por exemplo, já são 21 agências paralisadas frente a apenas oito no primeiro dia de greve. Na de Umuarama, o salto foi de 38 para 57 bancos e na de Paranavaí o número dobrou: de 13 para 26 sem operação. Em todo o Estado, os sindicatos estão realizando assembleias diárias para discutir os rumos da greve enquanto não há indicativo de nova negociação.
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